A América
Latina terá 2 milhões de pessoas a menos vivendo
abaixo da linha da pobreza nesta ano, segundo estudo divulgado
ontem pela Cepal (Comissão Econômica para a América
Latina e Caribe, órgão vinculado à ONU).
Entretanto, cerca de 224 milhões de pessoas (ou 43,2%
da população da região) ainda continuarão
vivendo com renda insuficiente para as necessidades básicas,
segundo a Cepal. Em 2003, 226 milhões de pessoas (44%
da população latino-americana) viviam nessa
condição. É a primeira queda desde 2000.
A Cepal atribuiu a redução da pobreza à
recuperação econômica de países
como Brasil, Argentina e Uruguai, que enfrentaram crises financeiras
nos últimos anos.
"Um crescimento maior em 2004 [das economias latino-americanas]
irá permitir uma redução na taxa e pobreza",
diz o documento.
Segundo previsão divulgada ontem pelo Banco Mundial,
as economias dos países da América Latina devem
crescer mais de 5% neste ano. O Brasil deve alcançar
índice semelhante, segundo economistas e membros do
governo.
A Cepal acredita que o crescimento da região deverá
ser o maior desde 1997, mas avalia que nos últimos
anos muito pouco foi feito para a redução da
pobreza.
Quase 98 milhões de latino-americanos (18,9% da população)
são definidos como extremamente pobres --não
conseguem comprar alimento suficiente mesmo utilizando todos
os seus proventos. O número de pessoas nessa condição
aumento em 9 milhões desde 1997.
VINICIUS ALBUQUERQUE
da Folha Online
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