Os analistas
financeiros elevaram, pela nova semana consecutiva, a previsão
para a inflação. O mercado espera um aumento
maior dos preços mesmo com as oito elevações
da taxa de juros promovidas pelo Banco Central.
De acordo com o boletim Focus, divulgado semanalmente pelo
BC, os analistas esperam que o IPCA (Índice de Preços
ao Consumidor) termine o ano em 6,28%, ante 6,15% na semana
passada.
Esse valor está acima do objetivo do BC, que é
uma inflação medida pelo IPCA de 5,1% em 2005.
Para o ano que vem, a expectativa do mercado foi mantida
em 5%. A meta de inflação em 2006 é de
4,5%.
Na última reunião do Copom (Comitê de
Política Monetária do BC), a taxa básica
de juros da economia, a Selic, foi elevada para 19,5%. A autoridade
monetária eleva os juros para tentar controlar a inflação.
A previsão para o IGP-DI (Índice Geral de Preços
- Disponibilidade Interna) ficou estável em 6,94%era
de 6,95% no levantamento anterior. Para o IGP-M (Índice
Geral de Preços Mercado), a previsão aumentou
de 6,79% para 6,90%.
Ainda de acordo com o boletim Focus, feito semanalmente pelo
BC, a taxa Selic deve cair para 17,75% até o final
do ano. A mesma previsão da semana anterior. Para o
ano que vem, a previsão da Selic foi elevada para 15,5%
ao ano, ante 15%.
Balança.
A previsão de superávit comercial, saldo positivo
entre exportações e importações
foi elevado mais uma mês. Agora, o mercado prevê
um saldo de US$ 34 bilhões, contra US$ 33,85 bilhões
da projeção anterior.
Para o ano que vem, os analistas esperam que a balança
comercial tenha no final de 2006 um saldo de US$ 27,98 bilhões.
Sobre o crescimento da economia, os analistas esperam que
o PIB (Produto Interno Bruto, soma de todas as riquezas produzidas
por uma país) tenha um aumento de 3,64% neste ano,
pouco abaixo da previsão anterior, que era de um crescimento
de 3,67%. Para o ano que vem, a taxa de crescimento esperada
é de 3,5%.
Para a produção industrial, a expectativa é
que ela cresça 4,64%, contra 4,81%.
ANA PAULA RIBEIRO
da Folha Online
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