BRASÍLIA - O ministro da
Educação, Cristovam Buarque, está apresentando
no Congresso Nacional o novo modelo de avaliação
do ensino superior, conhecido como Provão. Segundo
o projeto, o universitário poderá ser submetido
a duas provas, uma no primeiro ano de curso e outra no último.
A nova avaliação das instituições
vai levar em conta, além da formação
dos professores e das instalações físicas,
a interação com a comunidade em programas sociais.
O novo Provão prevê ainda a realização
de provas por amostragem feitas a cada três anos.
O ministro vai mandar a minuta do projeto de lei esta semana
para a Casa Civil. Mas, para que o sistema entre em vigor
já em 2004, o presidente Luiz Inácio Lula da
Silva poderá editar uma medida provisória criando
o Índice do Desenvolvimento do Ensino Superior (Ides),
nome do novo sistema de avaliação.
Para Cristovam, o Provão, isolado, “apenas media
a temperatura do paciente”. Segundo ele, a nova avaliação
será um check-up completo. O Provão tinha ainda
um custo elevado. Só este ano, o MEC gastou R$ 25 milhões
com o exame.
"No fim da avaliação, vamos apontar o
diagnóstico e dar a receita de como melhorar",
diz.
Em 2004 serão avaliados os alunos das áreas
de saúde, ciências biológicas e educação.
Em 2005, os estudantes das áreas de ciências
exatas e da terra, engenharias e ciências agrárias.
Em 2006, farão as provas os universitários de
ciências humanas, ciências sociais, letras e artes.
O ministro quer abolir o atual critério de conceitos,
que variam de A a E, e substituí-los por três
classificações: bem avaliados, intermediários
e não satisfatórios. Cristovam não considera
longo o período de três anos entre uma avaliação
e outra.
"Antes de três anos nada muda numa universidade.
É o tempo para construir um prédio, para um
professor terminar um mestrado. Se fosse um ano, não
iríamos dar tempo para cobrar da universidade o que
a gente quer", afirma.
As informações são
do O Globo Online.
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