LONDRES - A ONU divulga nesta segunda-feira,
Dia Mundial de Luta contra a Aids, um novo plano global para
fornecer medicamentos antiretrovirais a três milhões
de portadores do vírus HIV até o fim do ano
de 2005. A campanha intitulada '3 x 5'vai custar cerca de
US$ 5,5 bilhões e terá como alvo pessoas infectadas
nos países mais pobres.
A campanha está sendo organizada por três agências
da ONU: OMS, UnAids e o Fundo Global de Luta contra Aids,
TB e Malária. Na semana passada, a UnAids e a OMS alertaram
que a Aids ainda se dissemina e muitos países estão
prestes a enfrentar uma nova epidemia. O número de
novos casos relatados de infecções aumentou
acentuadamente na China, Índia, Indonésia e
Rússia, devido, em parte, ao isso de drogas injetáveis
e sexo sem proteção
Estima-se que existam hoje 40 milhões de pessoas infectadas
pelo vírus HIV em todo o mundo e que cerca de 14 mil
são infectadas todos os dias. Quase uma em cada três
portadoras do vírus HIV vive no Sul da África
Subsaariana. Três em cada quatro pessoas que morreram
com a doença viviam nessa parte do mundo. Só
este ano, três milhões de pessoas morreram vítimas
da Aids. Os medicamentos do coquetel têm permitido que
a maioria dos pacientes soropositivos tenham uma vida normal
e não desenvolvam os sintomas associados à Aids.
O tratamento com essas drogas está amplamente disponível
nos países ricos, mas raramente nas nações
pobres, sobretudo da Ásia e da África.
Em uma mensagem para marcar o dia, o diretor-geral da Organização
Mundial de Saúde (OMS), o médico Lee Jong-Wook,
disse que a Aids é a mais séria questão
de saúde que o mundo enfrenta hoje.
"As vidas de milhões de pessoas estão
em jogo. Esta estratégia exige esforços maciços
e não-convencionais para assegurar que elas sobrevivam",
disse Jong-Wook.
As informações são
do jornal O Globo.
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