Levantamento do IBGE feito em 2002
revela que a esperança de vida do brasileiro ao nascer
é de 71 anos. Segundo o instituto, é a primeira
vez que as projeções superam a casa dos 70 anos.
As mulheres vivem 7,6 anos a mais que os homens, que são
mais afetados pela violência quando jovens. Os dados
foram divulgados nesta segunda-feira.
A diferença de 7,6 anos entre os sexos também
se explica por fatores biológicos e ambientais. Um
dos principais é a maior frequência de mortes
por causas externas (violência e acidentes) entre os
homens, na faixa dos 15 aos 35 anos.
A maior disparidade ocorre entre os que têm de 20 a
25 anos: nessa faixa de idade, a probabilidade de morte dos
homens é quatro vezes maior que a das mulheres. Em
1980, era apenas 2,1 vezes maior.
A distância entre as expectativas de vida dos sexos,
no entanto, parou de crescer desde 1991 e já dá
sinais de uma tendência de queda rumo a uma estabilização
em patamares mais baixos. Segundo o IBGE, em 1980, as mulheres
viviam 6,1 anos a mais que os homens. Em 1991, a diferença
aumentou para 7,7 anos e, em 2000, continuou no mesmo patamar.
Em 2002, caiu ligeiramente, para 7,6 anos.
ONU
Este ano, o IBGE aperfeiçoou as estimativas de mortalidade
da população, revisando os números de
1980 a 2001, em trabalho conjunto com a ONU (Organização
das Nações Unidas). Foram incorporados aos cálculos
os resultados do Censo 2000, além das informações
sobre nascimentos e óbitos das Estatísticas
do Registro Civil de 1999 a 2001, e dos dados da PNDA (Pesquisa
Nacional por Amostra de Domicílios) de 2001.
Com a taxa de 2002, o Brasil fica na 88ª posição
no ranking da ONU, situando-se acima da média mundial
(65,4 anos). O ranking compara a expectativa de vida em 192
países. Em primeiro lugar está o Japão,
com esperança de vida de 81,6 anos. Em seguida está
a Suécia (80,1), Hong Kong (79,9), Islândia (79,8)
e Canadá (79,3).
O último do ranking é a Zâmbia, com 32,4
anos. Próximos ao Brasil estão países
como Colômbia (72,2), Suriname (71,1), China (71,0),
Paraguai (70,9) e Equador (70,8).
O brasileiro que hoje possui 30 anos tem uma expectativa
de vida 5,1 anos maior que aquele que completou 30 anos em
1980. E quem chega aos 60 anos hoje tem um ganho de 4,1 anos
na expectativa de vida, em relação aos que tinham
a mesma idade em 1980.
As informações são da Folha Online.
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