O trabalho
infantil, na faixa de 10 a 14 anos, caiu 14,4% de setembro
para outubro deste ano em seis regiões metropolitanas
pesquisadas pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística). Passou de 132 mil -maior número
já apurado- para 113 mil, segundo a PME (Pesquisa Mensal
de Emprego).
Apesar da queda, a pesquisa continua a indicar um aumento
do trabalho infantil nas seis principais regiões metropolitanas
desde janeiro, período em que houve um crescimento
de 28,4%.
A última PME, com dados de setembro, indicava um aumento
de 50% em comparação com janeiro -quando 88
mil crianças nessa faixa de idade trabalhavam. Na comparação
com outubro de 2002, quando 64 mil trabalhavam, houve uma
alta de 76,5%.
A alta verificada na comparação com outubro
e janeiro deve-se à queda da renda média do
trabalhador, que perdura há dez meses.
A participação dos que trabalhavam na população
de 10 a 14 anos caiu de setembro
para outubro, mas aumentou em relação a outubro
de 2002. Passou de 3,7% para 3,1% de setembro para outubro.
Em outubro de 2002, o percentual era menor, de 1,8%.
O gerente da PME, Cimar Pereira, diz que esse estudo não
é a pesquisa mais adequada para medir o trabalho infantil.
"Teria de haver uma amostra direcionada à camada
da população de baixa renda, onde está
concentrado o trabalho infantil", disse.
A PME é realizada nas regiões metropolitanas
de São Paulo, Rio, Belo Horizonte, Recife, Salvador
e Porto Alegre. A amostra é de cerca de 38 mil domicílios.
As informações são
da Folha Online.
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