O governo
federal planeja investir, este ano, R$ 4,5 bilhões
em obras de saneamento, 50% a mais do que em 2004, de acordo
com o Ministério das Cidades. É nesse setor
que o Brasil está mais atrasado nos Objetivos de Desenvolvimento
do Milênio — uma série de metas socioeconômicas
que os países da ONU se comprometeram a atingir até
2015, abrangendo áreas como saúde, educação,
meio ambiente e renda.
Em um relatório sobre o desempenho do Brasil nos Objetivos,
divulgado em outubro, o próprio governo admitiu que
a situação do saneamento no país é
“preocupante”. A Pesquisa Nacional de Saneamento
Básico, realizada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística) em 2000, apontou que há
45 milhões de pessoas sem rede de abastecimento de
água no Brasil e 82 milhões sem rede de esgoto.
Os recursos para este ano devem incluir R$ 2,7 bilhões
do FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço), R$
560 milhões do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento
Econômico e Social) e R$ 1,2 bilhão do Orçamento
Geral da União. Em 2004, os investimentos somaram aproximadamente
R$ 3 bilhões. Em 2003, foram R$ 2,1 bilhões.
“O governo retomou o financiamento pelo FGTS, que estava
praticamente parado, e estabeleceu o investimento em saneamento
como prioridade”, declarou Sérgio Gonçalves,
diretor de Articulação Institucional da Secretaria
Nacional de Saneamento Ambiental, a um informativo do Ministério
das Cidades distribuído à imprensa.
Segundo ele, para levar rede de abastecimento de água
e saneamento a todos os brasileiros, são necessários
R$ 178 bilhões nos próximos 20 anos. Em 2003
e 2004,estimou, foram injetados R$ 9 bilhões, incluindo
recursos do governo federal, dos Estados e dos municípios.
O PNUD desenvolve vários projetos no Brasil na área
de saneamento. Um deles é o Apoio à Modernização
do Setor Saneamento, que tem entre seus objetivos “ampliar
a cobertura dos serviços, especialmente os de esgoto”.
As informações são
do site PNUD Brasil.
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