O coordenador
de serviços farmacêuticos do Ministério
da Saúde, Dirceu Barbano, destacou que o governo vem
aumentando os recursos para a distribuição gratuita
de remédios e que o Farmácia Popular não
comprometerá esse braço da assistência
farmacêutica.
Em 2003 o governo federal investiu R$ 2,8 bilhões em
remédios, o que inclui os R$ 173,9 milhões da
assistência básica. Para este ano, estão
previstos R$ 3,5 bilhões.
Segundo Barbano, é um equívoco achar que investir
o valor do Farmácia Popular na assistência gratuita
resultaria em melhora imediata da situação de
saúde da população. Para isso, diz Barbano,
é necessário também melhorar a assistência
médica, o que o ministério tem feito por meio
de programas como o PSF (Programa de Saúde da Família),
afirma.
O coordenador destacou que o Farmácia Popular beneficiará
principalmente famílias que hoje não conseguem
completar os tratamentos em razão do custo dos remédios.
Barbano negou que tenha havido privilégio a prefeituras
petistas -que levaram 11 (sendo 10 para Marta Suplicy em São
Paulo) das 17 farmácias inauguradas ontem. "São
Paulo foi a capital que abraçou o projeto e ofereceu
o maior número de locais e recursos."
As próximas capitais estaduais contempladas devem ser
Vitória, Recife e Fortaleza, além de Brasília.
O coordenador do programa diz que não há risco
de faltar remédios nas novas unidades. "Compramos
um estoque muito grande. Será suficiente para pelo
menos seis meses", afirma.
O secretário-executivo do Ministério da Saúde,
Gastão de Souza Campos, disse ontem que muitos países
têm políticas de subsídios para a compra
de medicamentos pela população. "O governo
Lula está tendo a coragem e a ousadia de abrir essa
nova frente", declarou.
Segundo ele, a intenção é firmar entre
100 e 200 convênios com entidades filantrópicas
e santas casas para vender remédios subsidiados pelo
governo.
As informações são
Folha de S.Paulo.
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