Combater
a violência doméstica contra crianças
e adolescentes é possível. A Fundação
Abrinq lançou na última quinta-feira o livro
"O Fim da Omissão", que aponta a prevenção
como o caminho para enfrentar a problemática da violência
doméstica.
A publicação sistematiza a experiência
vencedora do último Prêmio Criança 2002,
do Centro de Referência às Vítimas de
Violência (CNRVV) do Instituto Sedes Sapientiae, de
São Paulo.
Doze pólos de prevenção, segundo a coordenadora
Dalka Ferrari, já foram implantados na cidade de São
Paulo para romper o ciclo da violência e promover mudanças
éticas, morais e culturais.
De acordo com o diretor-presidente da Fundação
Abrinq, Rubens Naves, mais de 80 organizações
estiveram presente ao lançamento do livro, com o apoio
de conselheiros tutelares, que são a linha de frente
no atendimento direto às crianças e adolescentes.
Segundo o Unicef (Fundo das Nações Unidas para
a Infância), 18 mil crianças e adolescentes são
espancados no Brasil diariamente. O direito de crescer e viver
sem violência inspira o trabalho do CNRVV. Além
do atendimento direto às crianças e adolescentes
em situação de violência, às famílias
e aos agressores, o projeto desenvolve ações
de prevenção, pesquisa e formação
de profissionais.
Mantido pela Associação Instrutora da Juventude
Feminina, o Sedes tem como missão desenvolver atividades
socioeducacionais para a promoção da cidadania
de crianças e adolescentes e a conquista de melhor
qualidade de vida. Uma equipe multidisciplinar que inclui
psicólogos, assistentes sociais e psiquiatras empreende
ações na defesa dos direitos da criança
e do adolescente, além de criar um espaço de
pesquisa e de formação continuada.
Diferentes estratégias tentam romper o ciclo de violência
dentro de casa e promover a reestruturação familiar.
Entre elas, o acolhimento e atendimento às vítimas
e a prevenção, por meio de "pólos
informativos" sobre sexualidade, saúde e violência
em escolas, creches e centros comunitários. Além
de formar uma nova atitude diante da violência, os pólos
contribuem com a detecção precoce dos casos,
dando-lhes o devido encaminhamento.
As informações são da Folha de S.Paulo.
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