Rodrigo
Zavala
Especial para o GD
Não basta apenas levar a informação,
é preciso criar um instrumento de conscientização
que una diferentes setores em prol de uma ação
social. A idéia pode se aplicar a diferentes políticas
públicas ou projetos do terceiro setor, mas é
o fundamento máximo do Conexão Aprendiz (www.conexaoaprendiz.org.br),
site lançado hoje (02/06), em São Paulo.
O portal tem como objetivo facilitar o acesso às informações
relativas à Lei de Aprendizagem (10.097), incentivando
seu cumprimento efetivo e favorecendo o ingresso de jovens
no mercado de trabalho. “A idéia é que
seja um site interativo, onde o público possa conversar
entre ele. Isto é, as empresas, as ONGs e os adolescentes”,
explica Marina Rosenfeld, coordenadora do Conexão.
Todo o trabalho é produto da união entre CPA
"Pe. Bello" - Centro de Profissionalização
de Adolescentes - e a Cidade Escola Aprendiz, em parceria
com o Banco J.P.Morgan. O envolvimento viabilizou a criação
de um conselho gestor que acompanhou todo o processo de desenvolvimento
do projeto.
Para produzir o site, foram selecionados 10 adolescentes
provenientes das duas organizações, que durante
oito meses passaram por um amplo programa de qualificação.
Todo esse processo tem como base a "educação
pelo trabalho", um dos alicerces de lei da aprendizagem.
“Não é uma conexão para os jovens.
É uma conexão com os jovens”, acredita
Flariston Francisco da Silva, coordenador do CPA “Pde.
Bello”.
O resultado desse esforço pode ser visto em cada recurso
disponibilizado, pelo portal, tal como: entrevistas de especialistas
da área, casos de sucesso, fóruns de discussão,
matérias sobre o tema, agendas e informações
úteis. Além disso, o site conta com um banco
de vagas para adolescentes, captadas pela equipe do projeto,
que o atualizará semanalmente.
Uma outra preocupação do Conexão Aprendiz
é promover o Terceiro Setor em uma participação
mais efetiva na Lei de Aprendizagem, a partir de uma conscientização.
“O país sofre da catástrofe das invenções.
Uma prática generalizada, em que cada empresa, político
e ONG, desenvolve sua própria invenção
isoladamente. Sem trabalhar em rede”, critica Gilberto
Dimenstein, fundador da Cidade Escola Aprendiz.
Assim, é fácil entender a necessidade do Conexão
em buscar parcerias com os envolvidos nessa questão,
como por exemplo, o Ministério do Trabalho, o Conselho
Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente,
o Serviço Nacional de Aprendizagem, Escolas Técnicas
de Educação, entre outros.
Para Hedley Griggs, vice-presidente do JP Morgan do Brasil,
só com a participação de todos os atores
envolvidos no processo é que se pode mudar o panorama
atual do mercado de trabalho jovem. “Devemos favorecer
essa inserção. E esse é o grande resultado
ao se investir no adolescente aprendiz”.
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