Enquanto
as receitas da União, dos Estados e dos municípios
cresceram 7,9 pontos percentuais do Produto Interno Bruto
(PIB), de 1995 a 2002, apenas 2,5% desses recursos retornaram
à sociedade no mesmo período.
A maior parte da arrecadação foi destinada
ao ajuste das contas públicas e ao pagamento dos juros
da dívida. Os números integram estudo dos economistas
José Roberto Afonso e Érica Amorim Araújo,
especialistas em contas públicas. Eles apontam que
o descompasso entre aumento da carga tributária e retorno
social se manteve estável em 2003, mas se acentuou
este ano com as mudanças no Programa de Integração
Social (PIS) e na Contribuição para o Financiamento
da Seguridade Social (Cofins).
Os economistas destacam, porém, que não há
informações disponíveis que permitam
avaliar a evolução dos gastos governamentais
por esfera de governo nestes dois últimos anos. Mas,
no caso da execução da União, o estudo
mostra que os gastos com pessoal ativo, custeio e investimento
caíram em 2003. Os Estados - cuja principal fonte de
arrecadação, o ICMS, é sensível
ao comportamento da economia - não tiveram melhoria
de receita. No caso dos municípios, eles consideram
que as capitais e grandes cidades seguem a tendência
dos Estados.
As informações são
do Zero Hora.
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