A UEA
(Universidade Estadual do Amazonas) anunciou ontem seu critério
de cotas para a "inclusão social" disponibilizando
60% das vagas da universidade, em 2005, para estudantes oriundos
do ensino médio de escolas públicas de Manaus
e 4% para alunos indígenas que estudam em cidades onde
ficam os 13 campi avançados da entidade no Estado.
A distribuição de cotas da UEA não considerou
os critérios do projeto do governo federal que visa
ampliar a participação de estudantes carentes
e afrodescendentes, prevendo cota de 50% para alunos de escolas
públicas e para negros e pardos (segundo sua incidência
na população de cada Estado) nas instituições
federais.
"A universidade não enfrentou a questão
dos negros porque eles se constituem uma minoria bastante
pequena na região. A minoria mais significativa na
região é de índios", afirmou o reitor
da UEA, Lourenço Braga.
Ele disse que a UEA também vai realizar cursos específicos
para a população indígena nas diferentes
áreas, conforme projeto de lei aprovado pela Assembléia
Legislativa do Amazonas.
Segundo o Censo do IBGE de 2000, a população
do Amazonas (2.817.252 habitantes) é formada por 4,02%
(113.391) de índios, 3,1% de negros, 66,89% de pardos
e 24,19% de brancos.
De acordo com o reitor da universidade, os estudantes da
rede pública terão 60% das vagas na capital
e 80% no interior, onde não há escola privada.
KÁTIA BRASIL
da Agência Folha, em Manaus
|