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Gilberto Dimenstein
O Brasil é mundialmente conhecido
pela fragilidade de suas crianças mais pobres, vítimas
das mais variadas modalidades de violência, como se
costuma lembrar _ e com razão – nas comemorações
do Dia da Criança, neste próximo domingo. Mas,
entre os mais ricos, a criança está cada vez
mais poderosa.
Não é sem razão
que as agências de publicidade investem cada vez mais
no público infantil: a criança influencia a
compra dos produtos de toda a família, opinando sobre
as marcas.
Pesquisa inédita da InterScience,
realizada com 4013 mães, este ano, indica que, na hora
de comprar elas são influenciadas fortemente ( 38%)
pelos filhos; outras 42% dizem que, em algum grau, são
influenciadas. Ou seja, em maior ou menor grau, a criança
dá opinião e é ouvida. De acordo o a
pesquisa, é crescente o número de mães
que se fazem acompanhar pelos filhos na hora da compra e ali,
nem sempre, conseguem resistir às pressões.
E mais: elas dizem que, no futuro,
as crianças vão influenciar ainda mais, assumindo
um papel ainda maior no orçamento doméstico.
A pesquisa detectou a culpa da mulher
moderna, obrigada a dividir-se entre os afazeres domésticos
e o trabalho: quanto mais tempo a mulher passa fora de casa,
sentindo-se culpada, menor sua resistência às
pressões dos filhos.
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