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Gilberto Dimenstein
Diante da crescente invasão
de crianças nas esquinas de São Paulo, a maioria
delas acompanhadas por um adulto que as explora, a prefeitura
decidiu lançar uma campanha para convencer os motoristas
a não darem esmolas.
A secretária municipal de Assistência
Social, Aldaíza Sposati, informou ao Folha Online que
prospera na cidade a "indústria da esmola",
utilizando crianças como "fachada". No limite,
segundo ela, deve-se discutir até mesmo tirar, temporariamente,
os filhos das mães que insistam em explorá-los.
"É uma medida radical, mas deve ser discutida",
disse.
Segundo a secretária, essa
ação deve envolver demais municípios
da região da Grande São Paulo. Ela recebeu informações
de que, especialmente nos finais de semana, mães ou
familiares de outras cidades ocupam as esquinas dos bairros
mais ricos. "Esse processo tem de envolver prefeitos,
juízes e comunidade", defende.
Para a campanha, estão sendo
preparadas placas a serem colocadas próximos dos semáforos,
pedindo que não se dê esmola e recomendando que
se telefone para um posto da secretaria de Assistência
Social informando sobre as crianças exploradas.
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