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João
Batista Jr.
No último dia 25 de janeiro, data do aniversário
de 454º aniversário de São Paulo, a cidade
ganhou sua primeira escola de samba gay, o Grêmio Recreativo
Cultural e Escola de Samba Arco-Íris. "Percebe-se
que os bastidores do Carnaval é muito freqüentado
por gays", diz Eduardo Corrêa, presidente da agremiação,
para justificar que "agora é hora de trazê-los
para a avenida." A nova escola começa suas atividades
a partir de março.
Participante de escolas de samba desde os sete anos de idade,
Corrêa conta que mesmo que produtores, figurinistas,
maquiadores e incentivadores da Festa do Momo sejam gays,
esse público não têm representatividade
nos desfiles. Sua escola, no entanto, não será
exclusivamente composta pelo público GLBT (Gays, Lésbicas,
Bissexuais e Transgêneros). "Teremos os princípios
da legalidade, impessoalidade, moralidade e eficiência,
não faremos qualquer discriminação de
raça, cor, gênero ou religião", afirma
ele. "A diferença é que os gays serão
mais aceitos e respeitados."
A nova escola nasceu com
o apoio de pesos-pesados da elite carnavalesca da cidade.
Além da vencedora do Carnaval 2008, a Vai-Vai, nomes
importantes como Mocidade Alegre, Gaviões da Fiel,
X-9 Paulistana, Tom Maior, Águia de Ouro, Pérola
Negra, Império da Casa Verde, Camisa Verde e Branco,
Unidos de Vila Maria e Acadêmicos do Tucuruvi também
deram boas-vindas à Arco-Íris.
Todas as alas de uma escola de samba tradicional serão
mantidas, mas seus representantes podem ter gêneros
variados. A Porta Bandeira, por exemplo, será é
a drag queen Ioio Vieira e a Rainha da Bateria, a performer
Layla Ken.
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