Heitor Augusto
A prefeitura de São Paulo está construindo um
centro poliesportivo embaixo do Viaduto Alcântara Machado,
que faz a ligação entre a Baixada do Glicério
e a Radial Leste. O espaço será composto por
duas quadras poliesportivas, duas de futebol society (grama
sintética), uma de bocha, uma de malha, vestiários
e salão para festas.
O centro vai atender uma região
com poucos espaços públicos de lazer. A Baixada
do Glicério, um dos extremos do viaduto, é marcada
por depósitos de material reciclável, entulhos
nas calçadas e albergues – há moradores
de rua que cavam buracos nas estruturas de viaduto e usam
como abrigo. “No momento, não vamos fazer nenhum
tipo de trabalho com eles”, afirma o secretário
municipal de Esportes, Walter Feldman.
A única quadra perto dos viadutos
está em uma praça abandonada, perto da rua Teixeira
Leite. Já no outro extremo, na Mooca, o panorama é
melhor: Ivan Garrido, que havia montado uma academia de boxe
embaixo do viaduto do Café, na Bela Vista, mudou-se
para o bairro na zona leste.
Administração
comunitária
“A gestão vai ser compartilhada”, afirma
Feldman. Será criada a Aesc Mooca (Associação
Esportiva Social e Cultural Mooca), composta por 12 associações
esportivas do bairro. A prefeitura terá a responsabilidade
de coordenar os programas pedagógicos e a Aesc da manutenção
e conservação das quadras. “É o
modelo de gestão do Clube da Comunidade”, explica.
A previsão é concluir
as obras até abril. Serão gastos R$ 600 mil,
obtidos por meio de emendas ao orçamento do município.
No futuro, o objetivo é transformar o local em um Clube-escola.
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