Como
alternativa ao sistema de cotas, a USP (Universidade de São
Paulo) prepara um plano para detectar os melhores alunos das
escolas públicas e, enquanto ainda estiverem no ensino
médio ou fundamental, oferecer-lhes um reforço
escolar. Assim, estariam eles mais preparados, supostamente
em igualdade de condições, para enfrentar o
vestibular com alunos de instituições privadas.
A informação foi transmitida pelo reitor da
USP, José Adolfo Melfi, durante debate sobre inclusão
social e ensino superior ocorrido na quarta-feira à
noite, no auditório da Folha, em São Paulo.
Com tal recurso, ainda em estudo, segundo o reitor, seria
possível aumentar o número de estudantes de
escolar públicas na USP, em especial nos cursos mais
disputados. Segundo Melfi, com o tempo as escolas públicas
preencheriam, sem a necessidade de cotas, até 50% das
vagas.
Para escolher esses alunos do ensino público, seriam
estabelecidos critérios objetivos de desempenho escolar.
Um deles seria o Saresp, prova de avaliação
realizada no sistema de educação estadual em
Sâo Paulo. A partir daí, se faria uma seleção
e se criariam as classes especiais, que receberiam aulas de
reforço com professores qualificados.
GILBERTO DIMENSTEIN
Colunista da Folha Online
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