O
Ministério do Meio Ambiente lançou ontem programa
que vai investir US$ 4,5 milhões (cerca de R$ 13,5
milhões) até o fim de 2007 na preservação
de 39 áreas de conservação ambiental
do país. A maior parte do dinheiro, US$ 3,6 milhões
ou 80% do total, será doado pela Organização
das Nações Unidas para a Educação,
Ciência e Cultura (Unesco).
O Programa para a Conservação da Biodiversidade
tem como objetivo proteger espécies animais e ecossistemas,
incentivar o ecoturismo e conscientizar a população
vizinha da importância das áreas de conservação.
O ministério e a Unesco têm como parceiras no
programa as ONGs Conservação Internacional,
The Nature Conservancy e WWF-Brasil. Editais serão
lançados até dezembro para a liberação
de US$ 1,5 milhão no primeiro ano do programa.
" O Estado brasileiro tem uma estrutura aquém
do seu patrimônio ambiental", disse Claudio Langone,
secretário-executivo do ministério.
3,2 milhões de hectares
As unidades beneficiadas ficam em cinco grandes áreas
reconhecidas pela Unesco como sítios do Patrimônio
Mundial Natural: o Parque Nacional do Jaú (AM), a Área
de Conservação do Pantanal (MT/MS), o Parque
Nacional do Iguaçu (PR), as Reservas de Mata Atlântica
do Sudeste (RJ-SP) e as Reservas de Mata Atlântica na
Costa do Descobrimento (BA-ES). Ao todo, elas abrangem 3,2
milhões de hectares.
Ficaram fora dois sítios brasileiros também
considerados Patrimônio Mundial Natural: as Áreas
Protegidas do Cerrado, que incluem a Chapada dos Veadeiros
e o Parque Nacional das Emas, em Goiás; e as Ilhas
Atlânticas Brasileiras, das quais fazem parte as reservas
de Fernando de Noronha e o Atol das Rocas. Eles deverão
ser incluídos na segunda fase do projeto, de 2008 a
2012.
DEMÉTRIO WEBER
do jornal O Globo
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