A variação da moeda brasileira frente ao dólar
fez com que Rio de Janeiro e São Paulo ultrapassassem
Buenos Aires na lista das cidades mais caras do mundo, informou
ontem o site da BBC Brasil, citando dados da pesquisa da consultoria
britânica Economist Intelligence Unit (EIU) divulgada
segunda-feira.
A capital argentina caiu duas posições em relação
à pesquisa anterior, publicada em fevereiro último,
ficando no 121 lugar entre as cidades mais caras do mundo.
O Rio subiu da 122 para a 115 posição, e São
Paulo da 125 para a 117.
Na América Latina, a Cidade do México é
a mais cara, tendo ficado em 64 lugar depois de ultrapassar
San Juan de Porto Rico. A capital da Venezuela, Caracas, ficou
na lanterna: só é mais barata que Teerã.
Paris fica em terceiro
Segundo a EIU, que pertence ao grupo que publica
a revista “The Economist”, a variação
do custo de vida tem duas origens: as mudanças de câmbio
(o caso da moeda brasileira) e de preço. Como todos
os preços são convertidos em dólares,
se uma moeda se fortalece ou a inflação sobe,
o custo de vida relativo do país aumenta.
A pesquisa, feita a cada seis meses, compara os preços
de produtos de 133 cidades em todo o mundo. Os dois primeiros
lugares continuam com o Japão: Tóquio e a região
Osaka-Kobe.
Paris subiu quatro posições, para o terceiro
lugar, empatada com Oslo. Copenhague ficou na 5 posição,
enquanto Zurique e Londres empataram no 6 lugar. Fechando
a lista das dez cidades mais caras estão, nesta ordem:
Reykjavik (Islândia), Genebra e Viena.
Lisboa, ocupando a 54 posição, é a única
cidade da antiga União Européia (UE) —
sem considerar os dez países que entraram no bloco
este ano — que não está entre as 50 mais
caras do mundo.
Segundo a EIU, o avanço das cidades européias
no ranking é conseqüência da valorização
do euro em relação à moeda americana.
O outro lado desse fenômeno foi o fato de cidade dos
Estados Unidos não figurar entre as 25 primeiras posições
da lista. Nova York, a mais cara cidade americana, despencou
do 13 para o 27 lugar. A cidade é a única americana
entre as 30 primeiras. Outras seis cidades dos EUA estão
entre as 50 mais caras.
Euro acumula
“Apesar de as condições de preços
locais não terem mudado, a continuada fraqueza do dólar
e a valorização das moedas européias
levou as cidades da Europa a avançarem no ranking do
custo de vida global”, afirma a EIU em seu relatório.
O euro acumula valorização de 7,1% frente ao
dólar no período de 12 meses encerrado em março.
Desde então, a moeda única européia já
avançou mais 2,4%. Ontem o euro era negociado a US$
1,22.
A pesquisa do custo de vida nas cidades da EIU é normalmente
usada por empresas para calcular os salários de seus
executivos quando eles são transferidos de seus países
de origem.
As informações são
do jornal O Globo.
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