A Secretaria de Educação do Distrito Federal
treina um exército com 750 mil alunos e 43 mil servidores
– sendo 30 mil professores –, para combater a
hantavirose pela informação. Chamada de panfletagem
pedagógica pela secretária Maristela de Melo
Neves, a ação começou no sábado
com a capacitação de mil professores e reiniciou
ontem, com mais 700 diretores de escolas públicas.
Durante coletiva à imprensa, em seu gabinete, Maristela
anunciou que a gráfica da secretaria priorizou suas
atividades na impressão de um milhão de panfletos
informativos elaborados pela Secretaria de Saúde. "Até
o final desta semana, todas as escolas, rurais e urbanas,
vão receber o material", afirmou.
A secretária destacou a importância
do papel das crianças e jovens como multiplicadores
da informação. "Nós vamos fazer
uma panfletagem pedagógica, além da distribuição
dos informativos, os estudantes vão receber orientação
e explicação durante as aulas para que possam
passar para dentro de casa e para a comunidade onde moram",
espera.
Apesar dos casos de contaminação de hantavirose
estarem restritos às áreas rurais, todas as
escolas vão receber orientação. A secretaria
está inclusive articulando com o Sindicato dos Estabelecimentos
Particulares de Ensino do Distrito Federal (Sinepe) para que
as escolas da rede particular também sejam atendidas.
Nas áreas de risco, técnicos da Empresa de Assistência
Técnica e Extensão Rural (Emater) estão
realizando palestras para esclarecer melhor os cuidados que
devem ser tomados para evitar a doença.
O panfleto preventivo traz o número do Disque-Saúde
(160) e o telefone da Corregedoria-Geral do DF (156). Maristela
apresentou um CD que está sendo distribuído
aos professores. Ele traz o conteúdo da palestra que
será ministrada nas escolas. Já o folheto contém
todas as dicas para prevenção.
Segundo Maristela, a campanha é multiplicadora, mas
o grande potencial será trabalhar as crianças
de forma pedagógica para que estas levem o conhecimento
para seus familiares. "Os diretores repassarão
o aprendizado para os professores e estes, de maneira simplificada,
para os alunos", explica. Ela acrescenta que as crianças
ajudam na responsabilidade social do País. "Ao
mudarem os hábitos e o comportamento dos adultos, elas
levam a informação para dentro de casa",
diz.
Entorno
A campanha só será realizada nas cidades
e zona rural do DF, mas a secretária se coloca à
disposição para atuar nos municípios
do Entorno, "caso haja interesse da Secretaria de Educação
de Goiás", ressalta. Ela acrescenta que uma pesquisa
da Universidade de Brasília (UnB) mostra que 28% dos
alunos que estudam em escolas do Plano Piloto são de
outras cidades. "Além disso, temos em nossos cadastros
sete mil alunos moradores do Entorno, a maioria estudando
no Gama". Para Maristela, proteger o Entorno é
proteger o Distrito Federal. "O rato não tem fronteiras”,
comenta.
O governo goiano também prepara a confecção
de material educativo impresso, um específico para
profissionais de Saúde e outro para a população.
Esse último abordará orientações
sobre os sintomas da doença e a prevenção,
que é feita principalmente com a manutenção
de grãos e rações para animais acondicionados
em galpões e silos, acima do chão, porque os
roedores que transmitem a hantavirose não conseguem
escalar paredes, portanto os alimentos que possam atraí-los
devem ser mantidos no alto.
As informações são
do Jornal de Brasília.
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