Muito
além dos problemas com o coelhinho azul ou a falta
de banhos de Cascão, os personagens da Turma da Mônica
vêm há mais de uma década defendendo os
direitos das crianças e adolescentes. Desde 1993, os
Estúdios Mauricio de Sousa produziram a revista "Turma
da Mônica em: Estatuto da Criança e do Adolescente",
publicada com tiragem de 26 milhões de exemplares,
em parceria com o Ministério da Educação.
Nos últimos anos, o gibi foi reeditado, em parceria
com Secretarias e Prefeituras, com tiragens bem menores, em
ações específicas para divulgar a lei.
E agora, os organizadores viram uma nova oportunidade para
mandar novamente o recado para milhões de crianças
e adolescentes brasileiros, bem como a seus pais.
Em dezembro passado, o estúdio estabeleceu uma parceria
com a Secretaria Especial de Direitos Humanos (SEDH), revisou
e atualizou o roteiro, modernizou a revista e lançou
a nova edição da publicação. Maior
e mais lúdica, oferecerá explicações
bastante claras sobre cada artigo do estatuto.
Por enquanto, apenas 3 mil exemplares foram rodados para
um evento da SEDH e estão sendo distribuídos
por instituições públicas e privadas
que compõem o Sistema de Garantia de Direitos da Criança
e do Adolescente, em especial os conselhos de direitos. Mas
a idéia é procurar um patrocinador para que,
em 2005, quando o ECA completa 15 anos, a revista possa ser
impressa em larga escala e, então, numa ação
articulada com o Ministério da Educação,
seja distribuída novamente nas escolas de Ensino Fundamental
de todo país.
De acordo com o Mauricio de Sousa, por meio dos quadrinhos
e de seus personagens alegres e simpáticos, a mensagem
dos direitos e deveres da criança e do adolescente
é transmitida de maneira "muito mais forte, já
que se torna muito mais fácil de memorizar".
Como o conteúdo do gibi foi aprovado pelo Ministério
da Justiça, a revista poderá ser utilizada como
material didático nas instituições de
Ensino Fundamental. A revista já aborda questões
como a proibição do trabalho para crianças
e adolescentes com menos de 16 anos e sobre o direito de voto
a partir dessa mesma idade. Segundo a assessoria de comunicação
da SEDH, novos temas como exploração sexual,
pornografia na Internet, Conselhos Tutelares e crianças
desaparecidas podem ser incluídos na publicação.
As informações são
do site Aprendiz.
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