O IBGE
(Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgou
hoje que a produção industrial cresceu em todas
as 14 áreas pesquisadas pelo quarto mês consecutivo
em novembro. Em 2004, os destaques são Amazonas e São
Paulo.
Em novembro, a Bahia registrou o avanço mais significativo,
com uma expansão de 30,5% na produção
industrial em relação ao mesmo mês do
ano passado. A alta foi puxada pelo resultado positivo do
refino de petróleo e produção de álcool
(205,6%).
O desempenho dessa atividade foi influenciado pela baixa
base de comparação de novembro de 2003, quando
uma importante refinaria fez uma paralisação
técnica.
Segundo a economista da Coordenação de Indústria
Denise Cordovil, seis das nove atividades pesquisadas na Bahia
apresentaram crescimento em novembro. 'Além dos petroquímicos,
os destaques foram químicos, alimentos e bebidas',
disse.
São Paulo cresceu 10,2%. O resultado foi influenciado
pela expansão de material eletrônico e equipamentos
de comunicações (57,9%) e veículos automotores
(21,3%). O Rio de Janeiro apresentou expansão abaixo
da média nacional em novembro e cresceu apenas 3,7%.
No ano, o Rio acumula alta de 2,2%.
Ano
Os principais destaques no acumulado do ano são
Amazonas e São Paulo. O primeiro acumula alta de 12,9%
com destaque para a produção de televisores
e de telefones celulares. São Paulo registra um crescimento
de 11,9% sustentado pela produção das indústrias
automobilística, de máquinas e equipamentos
e de material eletrônico e equipamentos de comunicações.
Das 20 atividades pesquisadas no Estado, 19 apresentaram
expansão. A economista do IBGE destaca que as atividades
líderes nessas áreas estão relacionadas
à produção de bens de capital (máquinas
e equipamentos) e bens de consumo duráveis (como automóveis
e eletrodomésticos), os segmentos que lideraram a expansão
da indústria em 2004.
Na terça-feira, o IBGE divulgou que a produção
industrial brasileira cresceu 8,1% em novembro na comparação
com o mesmo mês de 2003. Essa é a base de comparação
utilizada na pesquisa por regiões. Entretanto, em relação
a outubro, a indústria teve queda de 0,4%.
A interrupção no crescimento, no entanto, não
vai impedir a indústria de registrar o melhor ano desde
1986, segundo o IBGE. Nos últimos 12 meses, a indústria
acumula alta de 8,1%.
JANAINA LAGE
da Folha Online
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