BRASÍLIA
- Um decreto em análise na Casa Civil, preparado pelos
Ministérios da Saúde e da Educação,
vai dar início a uma nova estratégia do governo
para interferir na formação de profissionais
da área de saúde. A proposta prevê a criação
de um programa de residência destinado a enfermeiros,
assistentes sociais ou dentistas, hoje inexistente no país.
No orçamento da Saúde, já estão
reservados R$ 22 milhões para financiar 1.300 bolsas.
"Não há como o governo assistir parado
às desigualdades de oferta de médicos em todo
o País", avalia a secretária de gestão
do Trabalho e da Educação na Saúde, Maria
Luiza Jaeger. A desproporção, que se dá
tanto na oferta de cursos de graduação quanto
na residência, causa problemas como o enfrentado pelo
Ministério da Saúde em 2003, quando tentou reduzir
a carência de vagas em Unidades de Terapia Intensiva.
"No Nordeste, várias melhorias foram feitas,
mas não havia profissionais para trabalhar nos locais",
recorda Maria. Na área de atendimento a recém-nascidos,
há somente 55 vagas de residência, nenhuma delas
na Região Norte. Em outros locais, sobram médicos
de algumas especialidades. "É preciso avaliar
as condições por região e, a partir daí,
nortear políticas de incentivo para formação
de profissionais", avalia o diretor do departamento de
Gestão da Educação na Saúde, Ricardo
Ceccim.
Para Maria, a criação dos cursos é essencial
para fixar profissionais em algumas regiões.
As informações são
do jornal O Estado de S. Paulo.
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