A política
de cotas para negros nas universidades públicas conta
com o apoio de 61,1% da população, segundo o
instituto de pesquisa Sensus em levantamento para a Confederação
Nacional do Transporte (CNT). O levantamento foi feito com
duas mil pessoas em 165 municípios do País,
entre os dias 7 e 9 deste mês.
Apesar do apoio, um contingente importante da população
se posicionou contrariamente ao sistema. Foram 29,4% dos entrevistados,
que afirmaram ser contra a reserva de vagas para estudantes
negros. Outros 9,6% não souberam opinar.
Mesmo com toda polêmica a cerca do assunto, são
poucas as universidades públicas no País que
adotam o sistema. Em 2003, apenas três estabelecimentos
tinham uma política de cotas raciais. Este ano, outras
duas instituições, entre elas a Universidade
de Brasília (UnB), passaram a reservar parte de suas
vagas para os estudantes negros.
Serviço militar
Outro tema polêmico também foi abordado
na pesquisa CNT/Sensus deste mês: o serviço militar
obrigatório. Novamente, parcela importante da sociedade
se posicionou a favor da obrigatoriedade.
Do total de entrevistados, 62,4% afirmaram apoiar o serviço
militar compulsório para os jovens de 18 anos. O universo
de contrários ao sistema somou 31,4%.
A população defende, entretanto, que o serviço
militar dê algum tipo de contribuição
na formação dos jovens, e não proporcione
apenas o chamado serviço militar básico.
Para 55,7% das pessoas ouvidas, as Forças Armadas
poderiam ajudar os recrutas por meio de algum tipo de programa
de capacitação profissional. Outros 19,2% disseram
que essa ajuda poderia ser dada por meio de incentivo à
prestação de serviços comunitários.
RENATO ANDRADE
da Agência Estado
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