O Brasil
vai ter este ano sua primeira olimpíada de matemática
para as escolas públicas.
O projeto, lançado nesta quinta-feira no Palácio
do Planalto pelos ministérios de Ciência e Tecnologia
e Educação, vai distinguir estudantes de 5.ª
a 8.ª série e do ensino médio de todo o
País, que serão premiados - junto com suas escolas
e seus professores - que tiverem os melhores resultados na
solução de problemas matemáticos.
Até agora, quase 3 milhões de estudantes já
se inscreveram. A olimpíada será dividida em
três níveis: alunos de 5.ª e 6.ª séries,
de 7.ª e 8.ª séries e estudantes do ensino
médio.
As provas serão aplicadas em duas fases. A primeira,
prevista para 16 de agosto, é objetiva, com 20 questões
de múltipla escola. A segunda, em 8 de outubro, será
discursiva, com seis a oito questões, diferenciadas
por nível.
"Nossa expectativa é até o final do período
de inscrições (dia 31) termos superado os 5
milhões de inscritos. Com isso, o País terá
a segunda maior olimpíada de matemática do mundo",
disse o ministro de Ciência e Tecnologia, Eduardo Campos.
A maior do mundo é a dos Estados Unidos, que reúne
mais de 6 milhões de alunos.
O ministro da Educação, Tarso Genro, defende
que a olimpíada ajudará o ministério
a melhorar a qualidade das escolas brasileiras. "Vai
nos ajudar a ter uma análise da situação
do ensino de matemática", disse.
Prêmios
Os prêmios serão diversos. Os primeiros 1.110
alunos receberão medalhas de ouro, prata e bronze.
Dois mil estudantes terão direito a uma bolsa de iniciação
científica júnior do Conselho Nacional de Pesquisa
(CNPq). A bolsa, de R$ 80 por mês durante um ano, servirá
para os estudantes se dedicarem a projetos especiais com matemática.
Uma escola de cada Estado, a melhor colocada, receberá
como prêmio, laboratórios de informática,
e a melhor de cada região receberá, ainda, a
construção de um quadra de esportes.
Os professores dos cem melhores alunos ganharão estágio
de 15 dias no Instituto Nacional de Matemática Pura
e Aplicada (Impa), ligado ao Ministério da Ciência
e Tecnologia.
LISANDRA PARAGUASSÚ
da Agência Estado
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