Erika
Vieira
especial para o GD
Alunos do Colégio Santa Maria organizaram no último
sábado, 18 de junho, um mutirão para recolher
lixo e conscientizar a comunidade São João Batista
da Vila Joaniza, na zona Sul de São Paulo, sobre a
importância da despoluição do córrego
Zavuvus, subafluente do rio Tietê que passa na região.
O mutirão faz parte da “Operação
Cata-bagulho” desenvolvida pela sub-prefeitura da Cidade
Ademar que após ser procurada por membros do Colégio
organizou a iniciativa no local. A idéia de levar a
conscientização da preservação
do meio ambiente é decorrente do Projeto Observando
o Rio Tietê, em parceria com a Fundação
S.O.S Mata Atlântica e o Núcleo Pró-Tietê,
no qual os estudantes mensalmente coletam uma amostra de água
do Zavuvus e analisam a qualidade do material.
“Os resultados são sempre muito ruins, com índices
preocupantes”, declara a professora de biologia e organizadora
do projeto, Cleides Guimarães. Diante desse quadro
a diretoria do Colégio Santa Maria entrou em contato
com a sub-prefeitura e propôs uma parceria. Houve também
a presença do Departamento de Zoonose para dedetizar
a beira do rio.
Os alunos participaram ativamente durante todo o processo
e se dedicaram a conscientizar as crianças da comunidade
a respeito da importância da despoluição.
A estudante Débora Paiva, 14 anos, conta que certa
vez presenciou duas crianças jogando sacolas de lixo
no rio. “Explicamos para eles porque não podiam
fazer aquilo, mas eles não absorveram, por isso, tivemos
a necessidade de mostrar como se faz”, diz ela. Ainda
relata que depois do mutirão eles lhe falaram que agora
sim haviam depositado o lixo no local adequado.
“Na comunidade em que vivo as pessoas estão mais
conscientizadas que deve se colocar o lixo no lugar certo.
Lá [comunidade São João Batista] não,
elas não sabem que dessa forma estão prejudicando
a saúde de seus filhos”, fala o aluno Guilherme
do Livramento, 14 anos.
Os estudantes utilizaram filme, peça de teatro, desenhos
e muita conversa para mostrar as crianças como elas
também podem colaborar. “Elas não sabiam
que devemos limpar porque é nosso. No começo
não quiseram me ouvir direito, mas depois consegui
passar que também é problema delas manter o
córrego limpo”, explica a estudante Débora
Maranhão, 14 anos.
“A idéia é não deixar que isso
morra aqui. De forma esporádica pretendemos fazer isso
de novo”, afirma a professora Cleides. Para ela, iniciativa
como essa é importante para promover a educação
dos moradores, preservar a água, o meio ambiente e
criar a consciência de cidadania nos alunos.
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