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aposentadoria
23/02/2004
Previdência privada cresce 53% em 1 ano

O medo dos efeitos da reforma previdenciária fez o segmento de aposentadoria complementar obter, em 2003, o melhor desempenho dos últimos oito anos. As entidades de previdência privada venderam mais de 1 milhão de planos no ano passado, ampliando seu faturamento em 53,56%, para R$ 14,869 bilhões, segundo dados da Associação Nacional da Previdência Privada (Anapp).

"Para se ter uma idéia, só em 2003, a captação foi 60% maior do que em 2002", comemora Osvaldo Nascimento, presidente da Anapp e diretor-executivo da Itaú Vida e Previdência.

Na opinião do executivo, não há dúvidas de que a percepção sobre aposentadoria mudou. Para isso, contribuíram as mudanças instituídas pelo governo Lula, tais como o aumento do tempo de contribuição. Edson Franco, diretor de Vida e Previdência da Real Seguros e também da Anapp, vai na mesma direção. Para ele, a intensa discussão da reforma previdenciária no Congresso Nacional trouxe o tema para a sala dos brasileiros.

"Isso acabou fazendo com que a população tomasse consciência de que o papel da previdência pública é limitado. Ela é feita para garantir a sobrevivência dos aposentados, e não para garantir o poder aquisitivo de uma parcela da sociedade que tem renda mais alta", diz, lembrando que o novo teto para aposentadoria pelo INSS é de R$ 2,4 mil, mas, para receber este valor, o trabalhador terá que recolher uma contribuição maior por até 30 anos.

Mas não foi só a crescente dificuldade para se aposentar que levou os brasileiros a buscar alternativas para complementar os rendimentos no futuro, ressalta Nascimento.

"Também deve ser levado em conta o desenvolvimento da previdência complementar aberta, sobretudo quando se trata da proteção ao cliente. Hoje, é ele quem escolhe o perfil do investimento. Além disso, ficou muito mais fácil acompanhar a rentabilidade dos planos", aponta.

De fato, novos produtos como o Vida Gerador de Benefícios Livres (VGBL) vêm atraindo cada vez mais pessoas para o sistema privado. Lançado há pouco mais de 18 meses, o VGBL cresceu 176,52% no ano passado, com receitas beirando os R$ 7 bilhões contra R$ 4,5 bilhões do Plano Gerador de Benefícios Livres (PGBL), que também teve expansão, mas num ritmo mais moderado: 51,49%.

A diferença, explica Franco, é que sobre o ganho do PGBL incide o Imposto de Renda mensal, o chamado come-cotas. Já no VGBL, o IR é recolhido só na hora do resgate, e apenas sobre o rendimento bruto.

"Não houve canibalização. O PGBL, ideal para quem declara IR pelo formulário completo, porque permite a dedução, continua vendendo bem. Mas o VGBL, que já responde por 20% das reservas e 45% da receita da indústria, atingiu um público bem mais amplo, que é isento ou faz sua declaração pelo modelo simplificado", afirma Franco.

A despeito do otimismo, os executivos do setor ressaltam que a formação de poupança de longo prazo depende do crescimento da economia e de uma maior distribuição de renda.

"Antes de poupar, o brasileiro precisa ter emprego e renda", resume Nascimento, que considera a estabilidade de regras condição fundamental para atrair novos clientes.

Ao todo, a indústria já soma 6,2 milhões de planos ativos, com investimentos de R$ 48,5 bilhões.





As informações são do Jornal do Brasil.

   
 
 
 

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