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caso waldomiro
23/02/2004
Wagner: ‘O PT é igual ao Maguila: adora bater, mas não tomar soco’

SALVADOR. Enquanto os principais líderes governistas tentam minimizar os efeitos da crise provocada pelo ex-assessor de Assuntos Parlamentares do Planalto Waldomiro Diniz — acusado de tráfico de influência e de cobrar de um bicheiro propina e contribuições de campanha — o ministro do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social, Jaques Wagner, admite as dificuldades do governo em administrar crises e compara o PT ao pugilista Adilson Rodrigues, o Maguila, que segundo ele, “gosta de bater mas não agüenta apanhar”.

"O conjunto do PT é igual ao Maguila: adora bater, mas não agüenta tomar soco".

A comparação foi feita na noite de ontem, quando o ministro visitou o camarote da cantora Daniela Mercury, no carnaval de Salvador.

Wagner, que deixou a pasta do Trabalho na reforma ministerial, mês passado, acredita que o PT vai sair arranhado dessa crise em conseqüência da sua inexperiência em governar.

"Vamos enfrentar muitas dificuldades até revertermos essa situação", previu.

O ministro considerou, porém, acertadas as medidas adotadas de imediato pelo governo para apagar o incêndio e disse que o presidente Lula não pode ser julgado pela atitude de um funcionário:

"Somos defensores da transparência e de uma punição exemplar para todos os envolvidos nesse caso".

“Oposição é outra coisa”
Para Wagner, o ministro José Dirceu não deveria ter confiado em Diniz, “uma pessoa que não merece confiança, que está envolvida com a máfia do bingo”.

Jaques Wagner disse ainda ser contrário à instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar as denúncias de corrupção no caso Waldomiro.

"Quem pensou que o PT agiria da mesma forma como agia quando era oposição, se equivocou. Governo é uma coisa, oposição é outra", disse.

Mas admitiu que o partido teria outra postura caso as denúncias tivessem ocorrido na administração de Fernando Henrique Cardoso:

"Nesse caso, claro que defenderíamos a CPI".

Na sexta-feira, o presidente nacional do PT, José Genoino, minimizou a importância de Waldomiro Diniz ter se encontrado com diretores da Gtech, empresa que teria firmado um vantajoso contrato com a CEF no início do governo Lula. “Um simples encontro não é prova de irregularidade”, disse Genoino.

 





As informações são do jornal O Globo.

   
 
 
 

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