Preocupado
com a existência de golpes virtuais praticados contra
alunos do Prouni (Programa Universidade para Todos), o Ministério
da Educação colocou um alerta na página
oficial do Prouni na internet para que os estudantes desconsiderem
mensagens recebidas em nome do MEC com ofertas de produtos
ou serviços, especialmente se feitas por meio de arquivos
executáveis, formulários de cadastro ou atalhos
(links).
O alerta destaca, ainda, que, caso o aluno tenha recebido
arquivos ou link com essa mensagem, entre em contato com o
atendimento do MEC, por meio do Fala Brasil (0800-616161)
ou pelo endereço eletrônico prouni@mec.gov.br.
A medida foi tomada após a constatação
de um caso ocorrido em Tocantins, em que um estelionatário
virtual conseguiu receber R$ 110 de uma aluna aprovada para
o curso de Educação Física do Centro
Universitário Luterano de Palmas (Tocantins). Segundo
a aluna, ela recebeu uma mensagem cujo conteúdo dizia
que a UNE (União Nacional dos Estudantes), em parceria
com o MEC, estava cobrando uma taxa no valor de R$ 110 aos
alunos classificados no Prouni, para a aquisição
de materiais de estudo. A estudante só descobriu o
golpe após ligar para o MEC para se certificar da data
do recebimento dos materiais.
Ela foi informada que o ministério não envia
mensagens de correio eletrônico aos candidatos do Prouni
com proposta para aquisição de livros ou outros
materiais e nem autoriza instituições a fazê-lo.
A descoberta foi tardia e não impediu que a aluna realizasse
o depósito na agência do Bradesco, em Araguaína
(TO). A vítima disse que acreditou na mensagem, pois
continha informações com seus dados e dizia
para clicar no endereço eletrônico que supostamente
seria do MEC.
Denúncia
O Ministério da Educação denunciou
o caso à Polícia Federal. Técnicos do
Departamento de Informática do MEC garantem que o estelionatário
virtual não invadiu o programa do ministério
e que os dados podem ter sido colhidos a partir do número
do Enem (Exame Nacional de Ensino Médio) da aluna.
Conforme o perito da Polícia Federal, Paulo Quintiliano,
o Brasil ocupa posição intermediária
no ranking dos países que melhor combatem as investidas
dos piratas virtuais. Mas, segundo relação elaborada
nos Estados Unidos, o Brasil possui oito de cada dez cibercriminosos
de todo o mundo.
As informações são
da Folha Online.
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