O governador
Geraldo Alckmin apresentou nesta sexta-feira um plano de reestruturação
da Fundação Estadual do Bem-Estar do Menor (Febem).
O governo vai investir R$ 53 milhões no plano. Serão
construídas 41 novas unidades de 40 vagas cada uma
em cidades do interior onde estão famílias dos
internos. As primeiras 10 cidades a receber as unidades da
Febem serão São Bernardo do Campo, Diadema,
Hortolândia, Guarujá, Franco da Rocha, São
José do Rio Preto, Getulina, Lins e Sorocaba.
Segundo o secretário de Justiça e presidente
da Febem, Alexandre de Moraes, essas cidades foram escolhidas
porque têm o maior número de internos abrigados
na capital.
Da região do ABC, temos 404 internos da capital; de
Campinas, 686; de Rio Preto, 117. Da região de Bauru,
temos 121 alojados em São Paulo e de Sorocaba, 328.
Vamos fazer placar com os municípios que têm
menores infratores. Alguns têm apenas um adolescente.
Não é possível que não consigam
resolver o problema de um menor - afirmou o governador.
A idéia central do plano é descentralizar as
unidades e prestar assistência às famílias
dos internos. Pelo menos 40% do complexo do Tatuapé,
na zona leste da capital, deve ser extinto, segundo Alckmin.
O local será usado para a criação do
Parque do Belém. O governador afirmou que a desativação
de parte do complexo Tatuapé tem de ser cautelosa porque
não se sabe quantos adolescentes a instituição
terá em dois ou três anos.
De acordo com o governo, a construção das novas
unidades começa imediatamente. Também serão
transferidos 700 internos para a cidade de Tupi Paulista.
Todos eles são maiores de 18 anos. As famílias
dos jovens em liberdade assistida passarão a fazer
parte do programa Renda Cidadã e os egressos da Febem
farão parte do programa Jovem Cidadão além
de terem assistência jurídica.
A mudança é feita dentro do espírito
de ressocialização do menor e da necessidade
de ficar mais próximo da família. A idéia
é descentralização é deixá-lo
próximo ao juiz e ao promotor que cuidam do seu processo,
da sua família e da sua comunidade - afirmou Alckmin.
O governador afirmou que o processo de reestruturação
da Febem ocorre há muito tempo e que a medida de separar
os funcionários da segurança daqueles que fazem
a atividade pedagógica era necessária.
Isso criou problemas internos. Mas, com essa separação
dos funcionários, o apoio das famílias e a agenda
educativa, teremos um novo cenário. A regionalização
é urgente que poupar vidas e implementar o trabalho
- afirmou Alckmin.
As informações são
da Golbo Online.
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