BRASÍLIA.
O sistema de aposentadoria dos trabalhadores da iniciativa
privada (INSS) apresentou em fevereiro déficit de R$
1,97 bilhão. No mês, o governo arrecadou R$ 7,11
bilhões em contribuições previdenciárias
e teve uma despesa de R$ 9,09 bilhões com pagamento
de benefícios. Apesar do resultado negativo, houve
uma redução no déficit da Previdência
Social de 34,5%, na comparação com janeiro,
quando as contas apresentaram déficit de R$ 3,01 bilhões.
Segundo o secretário de Previdência Social,
Helmut Schwarzer, contribuíram para a melhora no desempenho
das contas, a entrada em vigor do novo teto do INSS de R$
2.400 (o anterior era de R$ 1.869,34), com impacto positivo
na arrecadação, e a melhoria dos indicadores
do mercado formal de trabalho que aumentou o volume de contribuições.
Também ajudou a empurrar o déficit para baixo,
a greve dos peritos do INSS, que provocou uma diminuição
nos gastos com benefícios de auxílio-doença.
"Já estávamos esperando uma queda (no
déficit) por causa da entrada em vigor do teto. Além
disso, com a melhoria do mercado de trabalho, temos sinais
positivos em torno da perspectiva para o primeiro semestre
de 2004", disse o secretário.
Ele afirmou que também influenciou na queda do déficit
do INSS em fevereiro, na comparação com o mês
anterior, a concentração das transferências
para as empresas do Sistema “S”, que foram de
R$ 952,6 milhões, em janeiro. No mês passado,
essas transferências ficaram em R$ 445,2 milhões.
O novo teto do INSS, a partir de janeiro, aumentou as receitas
da Previdência em R$ 146,1 milhões. Segundo o
secretário, a criação de postos de trabalho
também elevou as receitas.
GERALDA DOCA
do jornal O Globo
|