A idéia
de tornar os indicadores do INEP (Instituto Nacional de Estudos
e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira) mais fáceis
de serem interpretados acabou se transformando em um amplo
projeto de educação. A proposta, elaborada pelo
PNUD, foi levada até o UNICEF (Fundo das Nações
Unidas para a Infância), que já mantinha uma
parceria semelhante com a organização não-governamental
Ação Educacional. Assim, a saída foi
juntar os programas e lançar uma iniciativa conjunta,
muito mais abrangente.
O que resultou do casamento das propostas é o Indicador
da Qualidade da Educação, que segundo Vanda
Mendes, coordenadora do projeto, tem como um dos objetivos
integrar e engajar a comunidade escolar, pais, alunos, funcionários
das escolas, entre outros, na melhoria da educação.
Com o indicador, a comunidade escolar é quem avalia
e faz as críticas ao método de ensino e às
escolas.
O projeto, que foi desenvolvido com o apoio de diversas instituições
educacionais como o Fundescola (Ministério da Educação),
a ABRINQ e outras ONGs, é dividido em "dimensões",
ou seja, áreas temáticas. A primeira dimensão,
denominada de Ambiente Escolar, analisa o bem-estar da criança
na escola; a segunda, Política Pedagógica, está
relacionada com o conteúdo de aprendizagem; a terceira,
chamada de Avaliação, vê os métodos
de avaliação dos alunos; a quarta, Gestão
Escolar Democrática, debate a participação
da sociedade na escola; a quinta, Ambiente Físico-Escolar,
avalia a infra-estrutura e a qualidade do material; e a sexta,
denominada Acesso, Permanência e Sucesso na Escola,
trabalha com a popularização dos indicadores
escolares.
As informações foram publicadas em uma espécie
de cartilha e distribuída entre 14 comunidades onde
se realizaram os testes do projeto. “Os participantes
das comunidades recebem o material e juntos fazem uma avaliação
da educação na escola da sua região”,
explica Vanda.
Segundo ela, é grande o número de membros da
comunidade escolar que desconhecem o significado dos indicadores.
“Muitas diretoras não sabem a taxa de evasão
da sua escola porque simplesmente não sabem o que isto
significa”, diz. “Um conjunto de perguntas e respostas
revela o que vai bem, o que vai mal ou o que merece cuidado
e atenção. As opiniões são traduzidas
em cores que pintam de verde, vermelho ou amarelo um quadro
que se torna o diagnóstico da qualidade da escola”,
explica a ONG Ação Escolar. Assim, a comunidade
é quem decide as prioridades da escola de sua região.
Os resultados da iniciativa serão apresentados no
seminário "Qualidade da Educação:
Garantia de Eqüidade e Aprendizagem na Escola",
que vai acontecer em 4 e 5 de novembro, no Grand Bittar Hotel,
em Brasília.
As informações são
do site PNUD Brasil.
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