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Conhecimento
20/10/2004
Rio é uma sala de aula de história

A cidade do Rio de Janeiro completou, este ano, 439 anos. São apenas 65 a menos que o Brasil. Capital do Império, da República, o Rio preserva, em suas ruas, prédios tombados e sítios históricos preservados, o DNA que a forjou ao longo destes mais de quatro séculos.

No dia a dia, poucos se dão conta de transitar tão próximos aos cenários retratados nos livros didáticos usados por alunos de escolas públicas e particulares. E não há forma de educar mais eficaz que um choque de realidade.

Ao longo da vida escolar, sempre há o momento em que os pré-adolescentes são apresentados a temas como a crise do feudalismo, as grandes navegações e as conquistas de novas terras. Para a geração de blogs, MSNs, AIMs e outras aventuras no maravilhoso mundo da rede mundial de computadores, a ladainha costuma soar enfadonha, confusa, distante.

Mas alguns pais transformam esta fase numa experiência enriquecedora para eles e os filhos. Um fim de semana basta para transformar história em prazer, em encontro. E o Rio se abre como um grande livro de história.

A aventura pode começar na Praça 15 de Novembro. Vá até o chafariz do Mestre Valentim, e diga aos jovens aprendizes para que desçam os degraus que o circundam. Quando estiverem ali, diga que foi exatamente naquele local que desembarcou a família real, liderada por Dom João VI, em 1808. A alguns passos dali situa-se o Paço Imperial que, além de palco de exposições, conserva uma placa na janela da qual Dom Pedro I anunciou ao povo brasileiro que permaneceria no país no chamado Dia do Fico.

O Museu Histórico Nacional, também no Centro, tem um acervo riquíssimo, bem como o Museu da Quinta da Boa Vista, residência oficial da família imperial. Não esqueça de mostrar um jardim lateral, com um conjunto de bancos que mais parece decorado pelo arquiteto Gaudi. A decoração dos bancos é de louças portuguesas quebradas, obra da princesa Isabel em prováveis momentos de tédio típicos de adolescentes.

A gama de roteiros é ampla e a sugestão vale para as escolas. É mais do que tempo de o Rio ter um serviço de visitas guiadas. Ganhará a cidade, agradecerão os cidadãos de hoje e amanhã.


MARCUS BARROS PINTO
do Jornal do Brasil

   
 
 
 

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