Sete mil
crianças e adolescentes morrem por ano por causa de
acidentes domésticos e de trânsito. O dado faz
parte da tese de doutorado da cirurgiã pediátrica
Simone Campos Vieira Abib. O único levantamento oficial
é de 2001, do Ministério da Saúde, e
mostra que 40 mil crianças sofrem ferimentos, com seqüelas
permanentes, pelos mesmos motivos.
Para incentivar medidas que reduzam estes números,
a Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) está
criando o 'Programa para Prevenir Acidentes com Crianças
em Casa e na Rua'. Ele será lançado nesta sexta-feira.
O objetivo é também alertar a população
sobre perigos que podem causar acidentes, muitas vezes, fáceis
de serem evitados.
"Guardar medicamentos e produtos de limpeza longe do
alcance das crianças, tapar as tomadas de energia elétrica
que não estejam em uso e isolar áreas de risco,
como piscinas e banheiras, para que a criança só
tenha acesso a eles em companhia de adultos são apenas
algumas das ações de prevenção
possíveis", explica o cirurgião ortopedista
Sérgio Nicoletti e coordenador do programa.
O programa da Unifesp é divido em várias frentes.
Uma das idéias é criar cursos para professores
do Ensino Fundamental, para que eles orientem os alunos sobre
cuidados para evitar acidentes. Outra é criar parcerias
para disseminar informações em meios de comunicação,
como o rádio. Também será criada uma
biblioteca única com a Organização Panamericana
de Saúde (OPAS), para que dados sobre o tema sejam
reunidos num único local.
"A iniciativa deverá contribuir para a diminuição
dos custos gerados pelos acidentes. Afinal, educar a população
quanto à prática eficaz dos primeiros socorros
e promover medidas preventivas contra acidentes são
ações que tendem a reduzir os gastos com pagamentos
de indenizações, reposição de
bens danificados e custos para o tratamento de pacientes",
conclui Nicoletti.
As informações são
do jornal O Globo.
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