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Foi lançada
no último dia 11 de maio a revista ARede - Tecnologia
para a Inclusão Social, primeira publicação
da Momento Editorial. A revista, segundo a assessoria de imprensa
da editora, é a primeira dedicada ao uso das Tecnologias
da Informação e Comunicações (TICs)
em projetos e ações de inclusão social.
Ou seja, telecentros, rádios e TVs comunitárias,
modelos tecnológicos de baixo custo, políticas
públicas, conteúdos educacionais e internet,
entre outros temas. "Essa é uma área importante
e que não tinha cobertura, as informações
sobre o assunto estavam muito dispersas. Existem vários
projetos sendo aplicados e muitas vezes, redundantes. É
fundamental nesse processo a divulgação dessas
ações e dos erros e acertos ", avalia a
editora executiva da revista, Verônica Couto.
O objetivo, segundo ela, é apoiar a disseminação
de uma cultura tecnológica dentro do movimento social
e entre formuladores de políticas, divulgar melhores
práticas e experiências bem-sucedidas, e incrementar
as discussões sobre apropriação social
desses recursos. "Queremos fazer matérias sobre
quem está fazendo o quê, onde, como, onde encontrar
financiadores, como conseguir apoio etc", explica. Ainda
de acordo com Verônica, a idéia é fazer
uma ponte entre o terceiro setor, governo, formadores de opinião
e as lideranças comunitárias. "Eu diria
que se trata de uma revista voltada principalmente aos líderes
comunitários que promovem ações em suas
comunidades, os locutores de rádios comunitárias,
coordenadores de telecentros", completa.
E para chegar a "essa ponta", a editora executiva
explica que a participação das ONGs e terceiro
setor em geral é essencial. A Momento Editorial, conta
com a colaboração, inclusive de repórteres
e fotógrafos comunitários que, segunda Verônica,
têm um acesso direto e fácil às ações
mais isoladas e que também merecem divulgação.
"Assim conseguiremos também cobrir projetos interessantes
e tão importante quanto os outros de lugares distantes
e de difícil acesso para nós", elucida.
Ela ressalta, inclusive, que as ONGs que trabalhem com comunicação
comunitária e queiram colaborar com a revista, podem
entrar em contato para participarem da seção
"Repórter Comunitário". Nesta primeira
edição, a publicação conta com
a matéria "Lan House da Maré vira telecentro",
do repórter Cláudio Pereira, do Viva Favela.
A reportagem de capa desta primeira edição
e destaque da revista, como lembra Verônica, é
o programa Casa Brasil, do governo federal, que prevê
a abertura de 90 telecentros em 2005 que também detalha
as disputas em torno do projeto PC Conectado (de incentivos
fiscais à comercialização de um micro
de menor preço), as reações às
novas diretrizes dos telecentros paulistanos, e traz entrevista
com Cléber Jesus dos Santos, ex-monitor do telecentro
da Cidade Tiradentes, bairro da zona leste de São Paulo,
que se transformou em programador e está criando sua
própria distribuição Linux.
ARede tem seu conteúdo licenciado no modelo Creative
Commons, o que permite sua reprodução livre
para fins não-comerciais. Gratuita, mensal e com tiragem
de cerca de 15 mil exemplares, a revista será distribuída
nacionalmente "para um público-alvo inédito,
formado por agentes sociais que atuam na ponta das iniciativas
de inclusão social e manejam ferramentas tecnológicas:
monitores e coordenadores de telecentros ou outros pontos
de acesso público à internet com ações
voltadas à cidadania, lideranças comunitárias,
radialistas e produtores culturais das periferias dos grandes
centros, educadores", explica a assessoria de imprensa
da Momento Editorial. Além de formadores de opinião,
como lembra Verônica, representantes do governo e do
Congresso, do terceiro setor, de empresas e entidades comunitárias
também fazem parte do mailling da revista.
Integram o conselho editorial da revista representantes
do terceiro setor, do governo federal, de empresas e do movimento
social. O projeto contou com o patrocínio de grandes
empresas como a Telefônica, Brasil Telecom, Promom,
Fundação CPQD e Petrobrás. A revista
conta também com anunciantes para ser mantida. "Ainda
estamos com cotas abertas para o próximo número
que deve sair no final deste mês de maio", alerta
a editora executiva.
ARede também conta com uma reprodução
digital publicada no site www.arede.inf.br, onde o leitor
irá encontrar todas as matérias na íntegra,
além de link para contato por email e uma extensa lista
de links interessantes. "Por enquanto o site é
só uma reprodução da revista, mas a idéia
é aumentar o espaço de interatividade com o
público alvo, além de dar espaço para
os próprios líderes comunitários e ONGs
publicarem seus artigos", anima-se. Outra idéia,
segundo Verônica, é formar justamente uma rede
entre as pessoas e organizações que recebem
a revista para constante troca de informação.
"Todos os caminhos levam à rede. Ou melhor,
todos os caminhos estão na rede - também chamada
de internet, mas que repercute para além dos computadores
e integra o que já se considera uma Sociedade da Informação.
(...) Também por isso, o uso das ferramentas das Tecnologias
da Informação e das Comunicações
(TIC) é capaz de acelerar, como nunca se viu, a inclusão
das populações de baixa renda no exercício
de seus direitos de cidadãos. (...) São iniciativas
empreendidas seja pelo poder público seja pela sociedade
civil, fontes de transformação e de uma história,
envolvendo comunidades e personagens, que não é
contada pelos meios tradicionais de comunicação.
Falar sobre esses movimentos, descobrir suas estratégias
e melhores práticas, desvendar e trazer a público
os seus protagonistas, alimentar esse movimento com informações
úteis, discutir as políticas públicas
que impulsionam esse processo é o objetivo da revista
ARede.", explica a Diretora Editorial e criadora da Momento
Editorial, Lia Ribeiro Dias, em texto do editorial deste primeiro
número.
Para mais informações, sugestões de
pauta, pedido de exemplares, colaboração ou
anúncios, entre em contato com a Momento Editorial
no telefone (11) 3124-7444 ou pelo e-mail momento@momentoeditorial.com.br
LISANDRA MAIOLI
do site setor3
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