BRASÍLIA.
O Ministério da Educação vai desativar
gradualmente o programa de financiamento estudantil (Fies).
Já a partir do próximo semestre não serão
criadas novas vagas no programa que financia parte das mensalidades
dos alunos de universidades privadas. O governo pretende apenas
pôr novos estudantes no lugar dos que se formarem. As
vagas para expansão deverão ser criadas apenas
no Universidade para Todos, o programa de bolsas concedidas
no ensino privado em troca de redução de impostos.
Atualmente, 178 mil estudantes participam do Fies a um custo
de R$ 900 milhões anuais. De acordo com o secretário-executivo
do MEC, Fernando Haddad, para manter o mesmo número,
em quatro anos esse valor subiria para R$ 1,3 bilhão.
A intenção do governo é, aos poucos,
gastar menos com o financiamento e investir os recursos nas
universidades públicas.
Haddad disse que isso não significa suspender imediatamente
o Fies e nem que os estudantes que hoje recebem o financiamento
irão perdê-lo.
Novo projeto
O MEC espera obter 70 mil vagas no Universidade para Todos,
mas isso depende da adesão das instituições,
já que apenas as filantrópicas serão
obrigadas a aderir. Hoje, para garantir a isenção
de pagamento da cota patronal do FGTS, elas são obrigadas
a aplicar 20% da sua receita em ações de filantropia.
Porém, como nem sempre este valor é destinado
a bolsas de estudos, mas a medida provisória que criará
o projeto exigirá que o investimento seja feito desta
forma. As filantrópicas representam hoje 50% do sistema
de ensino superior.
As demais instituições privadas, que pagam
a cota patronal do FGTS, e que quiserem aderir ao programa
terão a isenção de outras contribuições
e deverão oferecer 10% da sua receita em bolsas integrais.
As informações são
do jornal O Globo.
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