Em documento
divulgado ontem, os oito governadores do PSDB, reunidos em
Fortaleza, cobraram a retomada do crescimento econômico
do país e decidiram propor um "mutirão"
com os demais governadores para sugerir ao presidente Luiz
Inácio Lula da Silva alternativas que levem à
geração de emprego e renda.
A idéia proposta no texto, redigido ontem mesmo no
Palácio Iracema, sede do governo do Ceará, é
que seja feita uma reunião suprapartidária entre
todos os governadores e Lula, no próximo dia 26, em
Brasília.
Ao rebater as críticas feitas pela manhã pelo
presidente Lula, em São Caetano do Sul (SP), de que
a oposição cria fatos políticos com intuito
eleitoral, o governador Aécio Neves (MG) afirmou que
todos os problemas do governo foram criados pela sua própria
base.
"O próprio PT tem sido um problema para o governo.
[...] Em determinados momentos, cobra-se da oposição
um papel que não é dela. Se dependesse só
da oposição, o Brasil estaria bem melhor."
Os governadores tucanos insistiram no discurso de que são
uma "oposição responsável",
diferente da feita pelo PT a Fernando Henrique Cardoso (1995-2002).
Para Geraldo Alckmin (SP), independentemente de questões
político-partidárias, é preciso manter
a parceria entre União e governos estaduais porque
há "uma necessidade urgente de emprego e renda".
Em declarações publicadas na semana passada,
o ministro José Dirceu (Casa Civil) afirmou que Aécio
e Alckmin são "pragmáticos" porque
não sobreviveriam "um mês" sem ajuda
da União.
Também participaram do encontro os governadores tucanos
Marconi Perillo (GO), Simão Jatene (PA), Cássio
Cunha Lima (PB), Marcelo Miranda (TO), Ivo Cassol (RO) e Lúcio
Alcântara (CE).
Além da cobrança por crescimento econômico,
os governadores elencaram outros dez itens no documento escrito
logo após a reunião. Desses, nove eram de cobranças
ao governo federal. O último item tratava da posição
do PSDB nas eleições deste ano.
As informações são
da Folha Online.
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