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máquina pública
29/03/2004
Governo Lula abre concurso para 36 mil novas vagas desde a posse

Da posse no Planalto até a última quinta-feira, o governo Luiz Inácio Lula da Silva autorizou a realização de concursos públicos para contratar 36.131 novos funcionários. Essa foi apenas a primeira parte do plano do governo: até o final de 2005, concursos para mais 70 mil novas vagas deverão ser autorizados, prevê o Ministério do Planejamento.

Nas próximas semanas, o governo planeja também distribuir na Esplanada cerca de 2.000 gratificações a ocupantes das chamadas funções gratificadas ou de cargos de confiança no Executivo.

Na reforma ministerial de janeiro, Lula criou mais 1.322 cargos de confiança, com remunerações entre R$ 1.232 e R$ 7.575, além de 1.475 gratificações, que variam de R$ 145 a R$ 245 por mês.

Esses novos chefes vão engrossar o contingente de pouco mais de 17.780 cargos de confiança já nomeados nos primeiros meses de governo. Mais de 40% deles seriam remanescentes do governo Fernando Henrique Cardoso, segundo estudo do Ministério do Planejamento. Os remanescentes estariam concentrados em funções cujo salário é menor.

"Não vamos ocupar todos [os novos cargos] imediatamente, a idéia é deixar uma reserva de 30% para novos programas ou projetos que eventualmente precisem de reforço", disse Élvio Gaspar, secretário-executivo-adjunto do Planejamento.

Para o secretário, o número de cargos de chefia criados por Lula é proporcional ao crescimento da máquina pública. Ele diz que a intenção do governo é "reconstruir" os quadros de servidores do Estado.

Até aqui, foi dada prioridade aos hospitais universitários e às instituições federais de ensino superior. No balanço de concursos autorizados, também aparecem com destaque as vagas criadas para auditores, técnicos e analistas do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social). O terceiro lugar no ranking é ocupado pelo Ministério da Justiça, com concursos para agentes da Polícia Federal e policiais rodoviários.

Na lista aparecem até vagas para 150 analistas de informações para a Abin (Agência Brasileira de Inteligência). A autorização mais recente beneficiará o quadro de fiscais federais agropecuários --um dos motivos pelos quais o ministro Roberto Rodrigues (Agricultura) teria xingado o colega Guido Mantega (Planejamento) de "vagabundo". São 650 novas vagas.

O crescimento do quadro de funcionários públicos não foi acompanhado no início do governo Lula pela queda na contratação de serviços de consultores e de pessoas físicas e jurídicas.

Com o chamado aluguel de mão-de-obra, a União gastou no ano passado mais de R$ 1 bilhão. As consultorias custaram cerca de R$ 150 milhões. Pagamentos a pessoas físicas consumiram mais de R$ 700 milhões. As empresas contratadas levaram, sozinhas, R$ 13,9 bilhões, segundo dados do Siafi (sistema de acompanhamento dos gastos federais).



As informações são da Folha de S.Paulo.

   
 
 
 

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