Na região
da América Latina e Caribe, o Haiti está em
último lugar, com 66% de suas crianças anêmicas
por falta de ferro.
Entitulado Deficiência de Vitaminas e Minerais (VM),
o relatório estuda a situação de 80 países
afetados por deficiência dessas propriedades, cobrindo
cerca de 80% da população mundial.
Segundo o relatório, a falta dessas substâncias
prejudica o desenvolvimento de milhões de mentes em
todo o planeta, baixando os quoeficientes de inteligência.
1/3 da humanidade
Cerca de 87% das residências brasileiras utiliza
sal iodado, índice ainda abaixo do apresentado por
países como Uganda, Peru, China e Congo. Entre os latino-americanos
e caribenhos, o Haiti também fica na última
colocação.
O resultado é que 50 mil crianças brasileiras
nascem anualmente com deficiências mentais causadas
por falta de iodo,
“Essa é uma questão de atingir populações
inteiras para protegê-las contra as conseqüências
devastadoras da falta, mesmo que moderada, de vitaminas e
minerais”, diz Carol Bellamy, diretora-executiva da
Unicef.
Segundo a Unicef, esse problema seria responsável
por impedir que um terço da humanidade atinja seu potencial
físico e mental.
Alternativa barata
A deficiência de vitamina A, por exemplo, compromete
o sistema imunológico de 40% a 60% das crianças
em países em desenvolvimento.
A falta de ferro causaria a perda de 2% do PIB nos países
mais afetados.
As conseqüências desse problema seriam muito mais
graves do que eram imaginadas há uma década.
A boa notícia, segundo a Unicef, é que se trata
de um problema cujas soluções seriam viáveis.
Formas de atacar a questão
A adição de vitaminas e minerais a alimentos
consumidos por uma considerável parcela da população.
A iniciativa custaria poucos centavos de dólar por
ano por pessoa.
Fornecer suplementos vitamínicos para grupos mais
vulneráveis, em especial mulheres em estágio
de amamentação e crianças. O custo disso
também seria baixo.
Ensinar populações sobre os alimentos mais
saudáveis, e em alguns casos, estimulá-las a
cultivar esses alimentos.
O prosseguimento dos esforços para controlar doenças
como malária e diarréia, que fazem o corpo perder
vitaminas e minerais.
Esses foram os métodos que erradicaram o problema
em nações desenvolvidas, e, segundo o Banco
Mundial, “provavelmente nenhuma outra tecnologia hoje
oferece uma oportunidade tão boa de melhorar vidas
e acelerar o desenvolvimento a um custo tão baixo e
um espaço de tempo tão curto”.
RODRIGO COELHO
da BBC Brasil
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