Os preços
de 12 mil apresentações de medicamentos (um
mesmo remédio pode ser vendido em gotas ou em comprimidos)
terão um reajuste médio de 5,7% a partir de
amanhã. A CMED (Câmara de Regulação
do Mercado de Medicamentos) autorizou os fabricantes de medicamentos
a aplicarem um reajuste máximo de 6,2% em suas tabelas
de preços.
No entanto, os laboratórios não poderão
corrigir os preços de todos os produtos pelo teto.
A correção, por fabricante, estará limitada
a uma média de preços de 5,7%. Ou seja, para
reajustar em 6,2% o preço de um medicamento sob controle
de preço, o laboratório será obrigado
a aumentar num percentual menor ou até mesmo reduzir
os preços dos demais produtos.
Segundo a CMED, este será o único aumento de
preço a ser autorizado em 2004. Os preços estão
sob controle desde dezembro de 2000. O último reajuste
nos preços de medicamentos controlados autorizado pela
CMED foi de 2%, em setembro de 2003. O próximo reajuste
será concedido apenas em 31 de março de 2005.
Na semana passada, a A Febrafarma (Federação
Brasileira da Indústria Farmacêutica) divulgou
um comunicado informando que considerava insuficiente o reajuste
de preços autorizado pela CMED.
Segundo a Febrafarma, os reajustes autorizados pelo governo
desde dezembro de 2000 --quando os preços passaram
a ser controlados-- são menores que a inflação
acumulada no período.
Entre dezembro de 2000 e fevereiro de 2004, o IPA-DI (Índice
de Preços por Atacado) somou 64,49% e o IGP-M (Índice
Geral de Preços de Mercado) teve acumulado uma alta
de 52,74%. No mesmo período, o índice de reposição
de custos do setor farmacêutico, autorizado pelas autoridades,
foi de cerca de 44,10%.
"Essas diferenças entre os reajustes concedidos
pelo governo e a variação dos custos da cadeia
farmacêutica, nos últimos três anos, reduziram
as margens da indústria", dizia a nota da Febrafarma.
FABIANA FUTEMA
da Folha Online
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