Depois
da passagem do ciclone pelo sul de Santa Catarina e norte
do Rio Grande do Sul, o clima ontem era de mutirão
para a reconstrução dos cerca de 35 mil imóveis
destruídos. Voluntários estavam empenhados em
erguer escolas e ajudar a recolocar telhas.
Até o final da tarde de ontem, 11 municípios
catarinenses já haviam decretado estado de calamidade
pública, que permite à administração
contratar serviços sem licitação e obter
recursos mesmo que esteja em dívida com a União
ou o Estado.
Segundo a Defesa Civil, eram ontem 13.620 desalojados e 2.110
desabrigados em 20 municípios de Santa Catarina. Nove
pessoas que estavam em duas embarcações pesqueiras
na hora de ação do "Catarina" (como
foi chamado o ciclone), a 20 km da costa, ainda estavam desaparecidas.
Foi montada uma central estadual de recolhimento de donativos
e dinheiro para as vítimas, o SOS Ciclone. Até
agora, R$ 1,3 milhão foi liberado pelo governo do Estado
aos municípios atingidos.
Pelo menos 5.000 homens foram deslocados para o sul catarinense
para auxiliar nos trabalhos de reconstrução.
São 120 prédios públicos danificados
e outros 90 destruídos. Cerca de 80% das escolas da
área afetada tiveram avarias e tiveram as aulas suspensas.
Em Torres, o município gaúcho mais atingido,
até policiais civis grevistas interromperam o movimento
para ajudar nos trabalhos.
O Sindicato da Construção de Estradas, Pavimentação
e Terraplanagem colocou-se à disposição
para remover os entulhos deixados pelo ciclone, disponibilizando
maquinários e engenheiros.
A prefeitura de Torres já distribuiu 1.500 telhas,
de um total de 14 mil enviadas até ontem à tarde
pelo governo do Estado.
A Secretaria Estadual de Obras enviou 50 carpinteiros e auxiliares
para a reconstrução das casas.
Crédito
O Banco do Brasil definiu um pacote de ações
para facilitar e agilizar o crédito para a reconstrução
das áreas afetadas.
Para os clientes pessoa física, por exemplo, foi definida
uma linha de crédito para material de construção
com taxa de juros de 1,98% ao mês e prazo de até
24 meses. Também há linhas para empresas e agroindústrias.
A Caixa Econômica Federal tratava também ontem
de disponibilizar verba para os moradores de cidades atingidas
pelo vendaval. As pessoas poderão sacar até
R$ 2.400 para reconstruir ou recuperar casas atingidas pelo
ciclone.
As informações são
da Folha de S.Paulo.
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