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Apesar do título de distrito menos violento
e de melhor qualidade de vida da capital, os moradores de
Moema, na Zona Sul, sentem aumentar, a cada dia, a sensação
de insegurança. Segundo o Programa de Aprimoramento
das Informações de Mortalidade no Município
de São Paulo (Pro-Aim), só um morador da região
foi morto em 2003. O coeficiente de homicídios é
o menor da cidade: 1,5 por 100 mil habitantes.
Quem vive em um dos seis bairros (Jardim
Novo Mundo, Vila Helena, Vila Uberabinha, Vila Nova Conceição,
Indianópolis e Jardim Luzitânia) que fazem parte
do distrito afirma que o local é um dos melhores para
se morar na Capital. Mas os casos de furtos, vandalismos e
até de seqüestros relâmpagos preocupam cada
vez mais.
Entre outros motivos, Moema é
considerado o distrito com melhor qualidade de vida porque
reúne em uma área de 9 km² todos os serviços
e produtos que alguém precisa para viver: padarias,
farmácias, clínicas, lojas que vendem de tudo,
academias e escolas. “Não precisamos de carro
para nada. Vou ao supermercado, à farmácia,
ao banco e até ao médico a pé”,
contou a presidente da Associação dos Moradores
e Amigos de Moema (Amam), Lygia Horta, de 70 anos.
Apesar de ser comum ver pessoas caminhando
tranqüilas pelas ruas, as ocorrências de danos
ao patrimônio assustam os moradores. “Já
arrombaram o meu carro duas vezes dentro da garagem”,
contou o comerciante Márcio Luis Carneiro, de 36 anos,
que nasceu em Moema.
Outra reclamação é
contra os bares. “Eles não obedecem a Lei do
Silêncio”, contou Lygia. A Prefeitura diz que
os estabelecimentos são fiscalizados.
As informações são
do Diário de S. Paulo.
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