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São Paulo anuncia hoje, oficialmente, seu
programa de sexualidade e camisinha na rede municipal de ensino.
Sessenta escolas, de um total de 455 de ensino fundamental,
aderiram até agora.
O programa está em andamento
em cinco cidades, entre elas Rio Branco (AC) e Curitiba (PR).
Em São Paulo, o anúncio deve ser feito pela
prefeita Marta Suplicy e pelo o ministro Humberto Costa, da
Saúde, no CEU Jambeiro (Centro Educacional Unificado),
em Guaianazes, na zona leste.
O projeto, resultado de parceria
dos ministérios da Educação e da Saúde,
foi anunciado em agosto passado. Os treinamentos se estenderam
de setembro a dezembro. Participaram coordenadores pedagógicos,
representantes da comunidade escolar (funcionários
e pais) e adolescentes.
Em algumas escolas, o projeto
com os alunos já começou em dezembro. "Os
preservativos não são dados, eles são
colocados à disposição dos estudantes",
diz Tania Teixeira, do Projeto Vida, entidade que atua em
parceria.
Os preservativos podem estão
disponíveis na coordenadoria pedagógica ou nos
centros acadêmicos. Cada aluno tem direito a oito por
mês. A meta é disponibilizar preservativos para
estudantes acima de 13 anos, dos dois sexos.
Segundo a Secretaria Municipal
da Educação, a iniciação sexual
em São Paulo se dá em média aos 14,5
anos. A intenção do projeto, segundo os ministérios,
não é antecipar a vida sexual dos alunos, mas
prepará-los para iniciá-la.
Em Campinas, um levantamento
do Centro de Orientação e Apoio Sorológico,
da prefeitura, apontou que 57,5% das pessoas que descobriram
serem portadoras do HIV admitiram que não utilizavam
nunca ou eram usuárias eventuais de preservativos em
relações sexuais. Desse percentual, 18,5% descartaram
o uso de camisinha e 39% disseram que a utilizam só
ocasionalmente.
O balanço abrange o cadastro
de atendimentos nos últimos dez anos, que inclui 24,8
mil questionários, aplicados quando a pessoa chega
para fazer o exame.
As informações são
da Folha de S. Paulo.
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