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SÃO PAULO - A taxa de desemprego
na Região Metropolitana de São Paulo permaneceu
inalterada em janeiro, em 19,1% da População
Economicamente Ativa (PEA). No entanto, o índice é
o maior para um mês de janeiro desde o início
da pesquisa, em 1985. Em janeiro do ano passado o desemprego
já havia atingido recorde na Região Metropolitana,
ficando em 18,6% da PEA.
Segundo pesquisa divulgada nesta quinta-feira
pela Fundação Seade e pelo Dieese, 127 mil pessoas
saíram do mercado de trabalho em janeiro, mas foram
eliminadas 103 mil postos de trabalho, elevando o número
de desempregados em 24 mil pessoas. O total de pessoas sem
emprego chegou a 1,868 milhão no mês passado.
O tempo médio de procura por
trabalho na região metropolitana aumentou em uma semana
em janeiro, atingindo 55 semanas, segundo a pesquisa. A jornada
de trabalho de quem está empregado caiu de 45 horas
em dezembro para 44 horas semanais em janeiro. A proporção
dos que trabalharam mais do que 44 horas semanais caiu de
48,9% para 46,7%. No comércio, houve queda de 65,4%
para 62,5%. Na indústria, de 49,3% para 47,4% e nos
serviços de 43,8% para 41%.
Houve redução de vagas
em todos os setores da economia. A indústria eliminou
21 mil postos, principalmente de trabalho autônomo e
de assalariados sem carteira assinada. Outras 25 mil vagas
foram eliminadas pelo comércio e 15 mil pelo setor
de serviços. O emprego doméstico e a construção
civil também demitiram, com redução de
42 mil postos.
A redução de vagas
é considerada comum nos meses de janeiro, pois os trabalhadores
temporários admitidos no fim do ano são dispensados.
Com isso, o nível de ocupação caiu 1,3%.
As informações são
do jornal O Globo.
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