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Veridiana Novaes
Comerciantes da região da av.
Faria Lima com a av. Rebouças alegam perder clientes
devido às obras do Túnel da Rebouças
e, alguns, têm sido obrigados a fecharem suas portas.
O tumulto começou no início do ano quando o
acesso à rua Euzébio Matozzo foi fechado.
“Não tem espaço
para os carros passarem. O movimento caiu, em média,
50 por cento durante a semana”, comenta a funcionária
da vídeo locadora Factory, Carolina Menezes. A locadora
está localizada na rua Euzébio Matozzo, em direção
à av. Faria Lima.
Outro comerciante da região,
Guido Luperi Neto, dono de uma loja de fechaduras e ferragens,
teve que demitir cinco funcionários desde janeiro por
causa da queda do movimento. “Temos uma boa clientela
por telefone. Se fôssemos depender de balcão,
a gente já teria desistido do ponto”, ressalta.
Apesar do acesso pelos fundos, o estabelecimento
perdeu clientes e a nova entrada fica em uma rua onde não
há lugar para estacionar e, além disso, está
em obras. “Contratamos manobrista para os clientes.
Mas nosso público alvo, arquitetos e decoradores, não
têm o perfil de pessoas andam no barro das calçadas.
Dessa forma, acabam procurando a concorrência”,
diz Luperi, que também afirma não ter recebido
aviso prévio sobre o início das obras. “Nem
eu, nem muitos outros comerciantes”.
No entanto, a assessoria da Empresa
Municipal de Urbanismo (EMURB) garante que todos os comerciantes
e moradores da região foram informados. Segundo a EMURB,
a prefeitura tem conhecimento dos transtornos gerados pelas
obras, mas afirma que estas estão gerando 4.500 empregos
e dois milhões de pessoas serão beneficiadas.
Embora os comerciantes tenham
feito reuniões com a Companhia de Engenharia de Tráfego
(CET), Associação Comercial de São Paulo
e EMURB para tentar solucionar o caso, nada de concreto foi
feito até agora. “Foi sugerido processo por danos
materiais contra a prefeitura. Mas, em razão do alto
custo de uma ação judicial, não houve
adesão suficiente entre os presentes nos encontros.
Assim, o comércio da região continua sendo prejudicado”,
lamenta.
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