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A Prefeitura
de São Paulo contratou o Instituto de Pesquisas Tecnológicas
(IPT) para estudar todas as árvores de bolsões
dos bairros do Paraíso, Cerqueira César, Alto
da Boa Vista, Alto da Lapa, Pacaembu, Sumaré e Alto
de Pinheiros. O estudo, que começou em outubro, funcionará
como um projeto piloto que, nos próximos anos, deve
ser implantado em toda a cidade.
Os sete bairros foram escolhidos por
serem os mais antigos e com mais árvores doentes da
cidade. Até agora, 1.300 árvores já foram
analisadas. O instituto tem prazo de um ano para fazer o diagnóstico.
Uma equipe verifica se há túneis
de cupins ou fungos na árvore, se ela foi podada, além
de analisar todo o entorno. Depois é feita a análise
interna com uma espécie de furadeira com broca bem
fina, que não provoca dano à espécie.
A broca perfura o tronco, próximo ao solo, e transmite
as informações internas a um notebook no qual
é acoplada.
Um outro grupo mede as características
geométricas da árvore. Todo o trabalho é
feito por uma equipe de cerca de 20 pessoas, entre engenheiros
agrônomos, civis, florestais, técnicos e biólogos.
O instituto deve montar um banco de
dados com informações completas sobre cada árvore.
As espécies serão classificadas pelas cores
verde, amarelo e vermelho, conforme comprometimento. Após
receber os dados, a Prefeitura fará as podas e remoções
necessárias, assim como o tratamento das espécies
doentes.
O número de quedas de árvores
diminuiu no último ano na cidade devido a um trabalho
integrado entre a Secretaria do Verde e do Meio Ambiente,
por meio do Departamento de Parques e Áreas Verdes,
e a Secretaria de Subprefeituras para a realização
de podas corretas. No final do ano, técnicos das subprefeituras,
da Eletropaulo e os bombeiros passaram por treinamento para
poda.
De 2002 para 2003, a queda de árvores
diminuiu 30,4% em São Paulo, segundo dados da Defesa
Civil. No ano passado, 584 árvores caíram na
Capital. Em 2002, foram registradas 840 quedas. A meta do
município, a longo prazo, é ter catalogado o
estado de saúde de todas as árvores da cidade.
O objetivo é continuar reduzindo o número de
quedas de árvores. Atualmente, a Prefeitura não
sabe quantas árvores há na cidade.
PATRÍCIA EVELYN
RODRIGO FERREIRA
do Diário de S.Paulo
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