HOME | COLUNAS | SÓ SÃO PAULO | COMUNIDADE | CIDADÃO JORNALISTA | QUEM SOMOS
 
 

rio de janeiro
07/01/2004
Campanha condenará xixi nas ruas

O mau cheiro nas imediações da Central do Brasil denuncia o péssimo hábito da população. No mergulhão da Praça Quinze, no Largo de São Francisco e na Lapa, entre outros lugares, o forte odor de urina também é um sinal de que as ruas do Centro, por onde mais de um milhão de pessoas circulam por dia, viraram um imenso sanitário a céu aberto. O problema é considerado tão grave que a prefeitura começará na próxima semana, no Centro, uma campanha contra o ato de urinar em via pública. O slogan que será impresso em mil cartazes e galhardetes é um recado direto aos que se aliviam nas ruas: “Não foi essa a educação que a sua mãe deu para você”.

"A situação no Centro é grave. Não há aperto que justifique urinar na rua. Apenas a falta de educação", disse o subprefeito do Centro, Breno Arruda, autor da campanha.

O secretário municipal de Governo, João Pedro de Andrade Figueira, disse que vai aguardar o resultado da campanha para decidir se ela será estendida a outros pontos do Rio. Em Copacabana, por exemplo, o subprefeito Mário Filippo aponta o Túnel Major Rubem Vaz como o ponto mais crítico de toda a Zona Sul.

"Os taxistas transformaram o local num verdadeiro banheiro. Para tentar coibir isso, decidimos multar os motoristas por estacionamento proibido. Mas não é possível manter guardas municipais no local o tempo inteiro", disse Filippo.

O mau hábito aumenta as despesas da prefeitura. Apenas no Centro, a Comlurb gasta 110 litros de desinfetante por mês na limpeza das ruas e boa parte do material é usada para eliminar os traços de urina. Já Vera Dias, chefe de Monumentos e Chafarizes da Fundação Parques e Jardins, calcula que 5% dos custos com restauração de monumentos sejam destinados a acabar com o mau cheiro da urina.

"Como o trabalho exige que usemos produtos químicos que acabam alterando as cores do monumento, o jeito é esperar que ele seja restaurado para fazer a limpeza", disse Vera Dias, que aponta o chafariz do Mestre Valentim, na Praça Quinze, e a murada da Glória como os mais visados pelos porcalhões.

Banheiro automático
Há quem tente justificar o ato. O camelô Roberto Honorato da Silva, de 24 anos, que trabalha na Praça Procópio Ferreira, na Central, argumenta que na hora do aperto nem sempre há tempo de correr até um banheiro. Por ironia da vida, sua barraca fica ao lado de um sanitário público automático, que não funciona porque ainda não foi ligado à rede da Cedae. A situação é idêntica à de outro banheiro automático, na Rua do Lavradio, também no Centro.

"Alguns banheiros que ainda não estão em funcionamento, como o da Central, o da Praça Santos Dumont (Gávea) e o do Caminho dos Pescadores (Leme), devem estar ligados à rede da Cedae até o fim do mês", diz Marcelo Cavalcanti, gerente operacional da Adshell.

A empresa conta hoje no Centro, na Zona Sul e em parte da Zona Norte com 16 banheiros automáticos (nove em funcionamento), cujo uso custa um real. A colocação dos equipamentos foi uma exigência da prefeitura à empresa, que em 1999 ganhou o direito de instalar abrigos em pontos de ônibus e outros itens de mobiliário urbano, em troca da exploração da publicidade. Cavalcanti, porém, disse que os banheiros são deficitários.

"Há três meses, inauguramos o da Praça Barão de Drummond (Vila Isabel). Até agora, foi usado por uma só pessoa. Mas, quando fazemos a manutenção, temos que limpar o entorno porque as pessoas continuam urinando na rua. Isso se repete em outras áreas da cidade".

A conservação de cada sanitário custa mensalmente à empresa R$ 1.500.

As informações são do jornal O Globo.

   
 
   
 

NOTÍCIAS ANTERIORES
07/01/2004 Governo quer aumentar valores de multas de trânsito ainda este mês
07/01/2004
Alckmin corta os salários mais altos do estado
07/01/2004
Sobram vagas para formar professores
06/01/2004
Governo pode exigir planejamento familiar
06/01/2004
Casa Civil receberá projeto de cotas para negros
06/01/2004
ANTT alerta idosos para denunciarem empresas que não cumprem a lei
06/01/2004
Regulamentação vira desculpa para desrespeitar novos direitos
06/01/2004
INSS vai à Justiça para acabar com correção coletiva
06/01/2004
Pais fazem fila em busca de vaga em escolas estaduais consideradas "top'
06/01/2004
Corrupção cresce no Brasil, diz jornal