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12/01/2004
Obras paradas atormentam a vida do paulistano e pioram o trânsito

Enquanto a Prefeitura de São Paulo inicia obras que pioram o trânsito da cidade durante sua execução — como os túneis sob a Avenida Faria Lima —, cinco intervenções viárias iniciadas estão paradas, atormentando a vida da população. Diretamente, pelo menos 22 mil veículos por hora sofrem com o impacto dessas obras paradas, além de comerciantes e moradores das imediações.

Os motivos para as paralisações, segundo a Prefeitura, vão da falta de dinheiro, passando por problemas na Justiça até excesso de transtornos no trânsito. Hoje, na cidade, há 20 obras viárias em andamento.

Na região central, o Viaduto Orlando Murgel, entre as avenidas Rio Branco e Rudge, foi parcialmente interditado há oito meses e a obra parou. O Viaduto Pacheco Chaves, entre o Ipiranga e a Vila Prudente, teve o passeio de um dos lados todo quebrado há cerca de três meses e só. Na Eusébio Matoso, o recapeamento está incompleto há pelo menos dois meses, parado por uma ação na Justiça.

Outra obra parada pela Justiça é o pontilhão da Avenida Marechal Tito, na Zona Leste, interditado em março depois de uma enchente. E o Paulistão (Fura-Fila), que vai ligar o Parque Dom Pedro, no Centro, ao Sacomã, na Zona Sul, também é tocado a passos lentos.

As obras dos viadutos fazem parte de um pacote de reformas lançado em abril de 2002 pela prefeita Marta Suplicy. Na ocasião, nove viadutos foram incluídos. A prefeita dizia que as obras durariam três anos e as interdições seriam gradativas, para não complicar o trânsito do Centro — dos nove, seis são na região e ainda são feitas obras no Complexo 25 de Março, no Parque Dom Pedro, que tem três viadutos totalmente interditados desde novembro.

O Orlando Murgel teve as obras iniciadas e duas de suas seis faixas estão fechadas. “O trânsito se afunila. Nos horários de pico, passar por lá é terrível e fica pior quando o trólebus quebra”, contou o técnico Felipe Caprara, que todo dia passa de ônibus pelo viaduto.

A intervenção no Pacheco Chaves também deixa a população insatisfeita. Em setembro, a calçada ao lado da pista sentido Ipiranga foi quebrada. A intenção era criar uma faixa a mais para interditá-lo parcialmente e iniciar as obras. Mas a idéia foi vetada pela Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), que não quer mais interdições na região enquanto o Complexo 25 de Março não for entregue.

Apesar de a área estar sinalizada, a população não gosta do que vê. “Passa a impressão de descaso da Prefeitura, até porque não recebemos nenhuma informação de quando será término da obra”, reclamou o comerciante Francisco Silva.


VIVIANE RAYMUNDI
do Diário de S.Paulo

 
 
 

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