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16/01/2004
Sumaré e City Lapa viram patrimônio de SP

Dois dos poucos bairros de São Paulo que conseguiram conservar a característica de área residencial, com pouca verticalização, o Sumaré e o City Lapa (ambos na zona oeste) vão ser tombados pelo Condephaat (órgão estadual responsável pelo patrimônio histórico do Estado) neste ano.

Bairros de classe média alta, as duas regiões integram a lista das áreas mais valorizadas pelo mercado imobiliário da cidade.

O Sumaré e o City Lapa integram um grupo de nove tombamentos que serão realizados em 2004, segundo a secretária de Estado da Cultura, Cláudia Costin.

Marcos da arquitetura moderna em São Paulo, os edifícios Copan e Conjunto Nacional também entraram na lista junto com o prédio do Banespa, o viaduto do Chá, a catedral da Sé, o Mercado Central e o galpão localizado no bairro do Bom Retiro onde foi fundado o Sport Club Corinthians.

Segundo o presidente do Condephaat, José Roberto Melhem, com o tombamento tanto os edifícios quantos os bairros ficam protegidos contra alterações em suas fachadas, estruturas básicas e até na vegetação. Isso porque qualquer mudança urbanística só será feita com autorização do órgão.

Melhem diz que ainda há cerca de outros dez tombamentos previstos para o ano. Entre eles estão o Centro Cultural Banco do Brasil e a Vila Itororó, na rua Martiniano de Carvalho. Ele explica que as edificações fazem parte de um grupo de processos em estudo há mais de três anos. Para ele, com o aniversário de São Paulo, "os tombamentos na capital ganham uma nova dimensão".

Para a arquiteta e urbanista Regina Monteiro, diretora-executiva do Movimento Defenda São Paulo, o tombamento dos bairros é "uma grande vitória da sociedade organizada". Ela rejeita a idéia de que os bairros serão "congelados" e afirma que eles terão suas características protegidas. "É uma garantia de manter a história e a qualidade do bairro", diz.

A secretária Cláudia Costin anunciou os tombamentos durante a cerimônia de lançamento do calendário de eventos dos 450 anos da cidade -uma série de pequenas festas, exposições, concertos, shows e apresentações de teatro e dança que serão realizadas de janeiro a junho.

US$ 30 milhões
Costin anunciou também a criação de nove pólos culturais na periferia da cidade, batizados de "fábricas de cultura". O projeto de US$ 30 milhões ainda depende do aval do Senado para um empréstimo de US$ 20 milhões a ser tomado do BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento).

Segundo a coordenadora técnica do projeto, Maria Amélia Fernandes, as fábricas de cultura não são escolas convencionais, mas centros que abrigarão teatro, música, dança, "multimeios" (computação gráfica, cinema, vídeo etc) e artes plásticas. O conteúdo das oficinas, no entanto, será definido junto com a comunidade.


ISABELLE MOREIRA LIMA
da Folha de S.Paulo

 
 
 

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