SÓ SÃO PAULO
HOME | NOTÍCIAS | COLUNAS | COMUNIDADE | CIDADÃO JORNALISTA | QUEM SOMOS
 
20/01/2004
População de São Paulo quadruplica nos últimos 80 anos

Vanessa Sayuri Nakasato

Pesquisa divulgada ontem pelo IBGE mostra que a população de São Paulo aumentou 18 vezes nos últimos 80 anos. Saltou de 579.033 habitantes, em 1920, para os mais de dez milhões atuais, conforme o Censo 2000.

O crescimento do município iniciou-se no fim do século XIX e contou, sobretudo, com a chegada de imigrantes estrangeiros e de outros estados que, por muitas décadas, vieram atraídos pela oferta de trabalho.

Segundo dados da publicação Estatísticas do Século XX, só em 1935, entraram no Brasil 45.012 estrangeiros. Dentre eles, 20 mil radicaram-se em São Paulo.

Até 1950, a população de São Paulo (2.198.096) ainda era inferior à da cidade do Rio de Janeiro (2.377.451). Mas, em 1960, uma década depois, a capital paulista já ultrapassava em mais de meio milhão de habitantes a então capital federal.

Mudança
Apesar da imigração desenfreada do século passado, São Paulo não é mais uma cidade de imigrantes. De acordo com o IBGE, entre 1995 e 2000, imigraram para a metrópole 428.181 pessoas e emigraram 378.793.

Grande parte dos imigrantes veio da Bahia (120.760), seguido pelos pernambucanos (52.851), mineiros (38.656) e cearenses (30.680). Em relação aos estrangeiros,195.497 residiam em São Paulo no ano 2000. A maior colônia era a portuguesa (63.274), seguida pelos japoneses (22.005), italianos (19.786) e espanhóis (13.782).

Quanto a emigração nesse período, o principal motivo foi a baixa renda. Enquanto o rendimento médio dos paulistas era de R$ 1.699,62, no ano 2000, o dos nordestinos era de R$ 638,22. Dos naturais de outros estados, o rendimento médio era de R$ 1.195,00 e, dos estrangeiros, de R$ 2.862,20.

Fama de trabalhador
Os paulistanos, sejam de nascença ou de coração, fazem jus à fama de trabalhadores. Das 4.376.542 pessoas ocupadas em 2000, apenas 1,9 % (86.599) trabalhavam menos de 14 horas por semana. Em compensação, cerca de 38,3% (1.678.644) trabalhavam de 40 a 44 horas, 17,8% (781.100) entre 44 e 48 horas, e 26,8.% (1.172.944) mais de 49 horas semanais. Ou seja, 83% trabalhavam pelo menos cinco horas por dia.

Escolaridade
A maioria dos paulistanos possui nível de instrução intermediário, segundo o Censo 2000. Das 8.727.317 pessoas com mais de 10 anos, 4,6% (407.936) têm menos de um ano de estudo e 9,6% (838.339) têm 15 anos ou mais. Cerca de 32% (2,8 mi) estudou de quatro a sete anos; 19,4% (1,7 mi) freqüentou a escola entre oito a dez anos; e 22,9% (2 mi) estudou entre 11 a 14 anos de estudo. A taxa de alfabetização é de 95,4%.

 
 
 

notícias ANTERIORES
20 /01/2004
Famílias despejadas receberão ajuda para pagar aluguel
20 /01/2004
Reajuste médio de mensalidades deve chegar a 12%, diz Fipe
19 /01/2004
SP vai gastar R$ 145 milhões com festa
16 /01/2004
Desempregados de SP andam a pé, não viajam nem compram roupa
16 /01/2004
Carandiru pode abrigar espaço para meditação
16 /01/2004
Sumaré e City Lapa viram patrimônio de SP
15 /01/2004
Aprovado o projeto do "bolsa-aluguel'
14 /01/2004
Marta busca apoio de notáveis a novo projeto
13 /01/2004
Depressão e asma são doenças que mais atingem os jovens em SP
13 /01/2004
Marta derruba lei da divulgação de gastos